D. Pedro IV de Portugal, ex-Rei de Portugal, também conhecido como D. Pedro I do Brasil, viveu apenas 36 anos, mas a sua curta existência foi marcada por feitos notáveis e uma descendência surpreendente. Este monarca, que governou em dois continentes, ficou para a história não só pelo seu papel político, mas também por ser pai de 34 filhos, fruto de casamentos e de várias relações extraconjugais, revela a nossa fonte, o NCultura.
Filho de D. João VI e de D. Carlota Joaquina, D. Pedro IV nasceu a 12 de outubro de 1798, no Palácio de Queluz. O seu pai, D. João VI, governou entre 1816 e 1826, e teve em D. Pedro o seu sucessor. Apesar de ter reinado em Portugal apenas no ano de 1826, D. Pedro IV foi uma figura central na história do país, com um papel determinante na vitória da causa liberal. Faleceu precocemente, a 24 de setembro de 1834, na cidade de Lisboa.
O imperador do Brasil
D. Pedro IV, o 28.º Rei de Portugal, assumiu o título de D. Pedro I enquanto imperador do Brasil, consolidando a independência brasileira em 1822. Foi uma figura carismática e marcante, admirada tanto em Portugal como no Brasil. A transferência da corte para o Brasil, em 1808, e o fim da guerra civil portuguesa, em 1833, foram acontecimentos cruciais do seu legado.
O coração do Porto
No Porto, D. Pedro IV é lembrado como o “Rei Soldado”, estabelecendo uma ligação única com os portuenses, que tradicionalmente se mostravam distantes da nobreza. Antes de morrer, doou simbolicamente o seu coração à cidade, um gesto que reforçou o seu lugar especial na história local.
Os filhos de D. Pedro IV
Dois casamentos deram-lhe 10 filhos legítimos. Com a sua primeira esposa, D. Maria Leopoldina de Habsburgo, teve nove filhos, enquanto com a segunda, D. Amélia de Beauharnais, teve uma filha. Contudo, D. Pedro IV teve ainda 24 filhos ilegítimos, fruto de relações com várias amantes, entre as quais a Marquesa de Santos e a Baronesa de Sorocaba.
Estes filhos, embora reconhecidos pelo monarca, não tiveram direitos sucessórios, revela o NCultura. Entre eles, destacam-se nomes como Augusto Steinhaussen, Pedro de Alcântara e José de Bragança, provenientes de relações com mulheres como Anna Steinhaussen, Clémence Saisset e Joana Mosqueira. Em alguns casos, a paternidade era duvidosa ou nunca foi confirmada.
D. Pedro IV deixou uma marca profunda na história e na vida de muitos. Apesar da sua curta vida, o seu legado político, afetivo e familiar perpetua-se até hoje, tanto em Portugal como no Brasil.
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