Os combustíveis em Portugal registaram esta segunda-feira um aumento significativo nos preços, levando muitos condutores a adiar ao máximo uma ida à bomba de gasolina, mesmo correndo o risco de deixar o carro na reserva. Contudo, esta prática não é recomendada, pois pode causar danos ao veículo.
A luz de reserva no painel do carro acende-se quando o tanque atinge entre 10% a 15% de capacidade. Embora seja tentador esticar o combustível ao máximo, os especialistas alertam para os riscos dessa prática. De acordo com a SPG Talleres, citada pelo jornal espanhol El Economista, conduzir frequentemente na reserva pode originar sérios problemas mecânicos.
O combustível contém resíduos que tendem a acumular-se no fundo do tanque. Quando o nível está muito baixo, essas impurezas podem ser sugadas para o sistema de injeção, causando danos nos seus componentes. Nos veículos a gasolina, a reparação pode custar cerca de 200 euros, acrescidos de mão-de-obra. Já nos carros a diesel, a substituição de um injetor pode chegar aos 350 euros, e se o problema afetar a bomba injetora, o custo pode atingir os 450 euros.
Segundo a Executive Digest, outro componente que sofre com o uso contínuo da reserva é a bomba de combustível. Esta peça é responsável por transportar o combustível até ao motor. Quando o nível no tanque é demasiado baixo, formam-se bolhas de ar, obrigando a bomba a trabalhar em excesso. Este esforço reduz significativamente a sua vida útil, levando a reparações dispendiosas.
Além disso, um tanque quase vazio impede o filtro de combustível de funcionar corretamente, resultando num aumento do consumo e, a longo prazo, em maiores despesas para o condutor. Assim, para evitar problemas e custos desnecessários, é aconselhável encher o tanque antes que o combustível chegue à reserva.
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