O furto de um catalisador pode demorar apenas dois ou três minutos. Trata-se de um furto porque os ladrões não precisam de ameaçar os proprietários dos veículos, fazem-no na sua ausência. À eficácia deste tipo de assalto, junta-se o valor elevado de alguns metais raros que integram esta peça. Apesar de depender da cotação na bolsa, a onça de platina presente nos catalisadores pode valer mais de 800 euros.
Diz a GNR que, em média, são roubados 20 catalisadores de automóveis por dia e a tendência é este número aumentar, tal é o valor dos seus componentes. Existe inclusivamente uma brigada da PSP intitulada SRICA (Equipas Regionais de Investigação à Criminalidade Automóvel), que se dedica apenas ao estudo e combate a este tipo de crime.
O que acontece é que os metais dos catalisadores, como o ródio, o paládio ou a platina, independente de estarem novos ou usados, têm um valor muito elevado. De acordo com o site, Motor 24, em agosto deste ano a onça de platina valia mais de 800 euros, o que significa que cada grama deste metal podia valer mais de 30 euros. A onça de paládio estava no verão a valer cerca de 1.100 euros, enquanto a onça de ródio chegava aos 1.744 euros igualando o preço do ouro.
“A extração destes materiais não é uma operação simples e existem poucas empresas autorizadas para realizar estas funções”, revela o Motor 24, que explica ainda que é essa a razão para o furto dos catalisadores ser levado a cabo por redes organizadas, que depois de reunirem uma grande quantidade de peças vendem-nas no mercado negro a operadores que se encarregam de as introduzir no circuito legal de reciclagem.
Como evitar o furto do catalisador?
Não existe nenhuma forma de impedir o furto do catalisador, contudo há como evitar que tal aconteça. Uma das soluções pode passar por pintar o catalisador com pinturas coloríficas resistentes a altas temperaturas, sendo que também pode gravar a matrícula do seu veículo no catalisador. Assim, o autor do crime terá maior dificuldade em comercializá-lo.
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