Num cenário de crescente preocupação ambiental e transição para energias mais limpas, a indústria automóvel foca os seus esforços na busca de soluções inovadoras. Recentemente, um estudo revelou avanços promissores no campo das baterias lítio-metal, apontando para uma potencial revolução na autonomia dos carros elétricos.
Estas baterias, distintas das convencionais baterias de iões de lítio, prometem a capacidade de proporcionar autonomias surpreendentes, que podem variar entre 800 e 1.100 quilómetros com uma única carga, sendo este desempenho o dobro que as baterias de iões de lítio conseguem oferecer. Contudo, vale ressalvar que as baterias de lítio-metal apresentam desvantagens, como por exemplo a perda rápida de capacidade após ciclos de carga e descarga.
Segundo um estudo apresentado pela revista Nature, de forma a combater esta desvantagem, uma das soluções poderia ser a de descarregar completamente a bateria e permitir que ela repouse por várias horas. Surpreendentemente, esta abordagem não requer custos adicionais ou alterações significativas em equipamentos ou materiais., e a melhoria é alcançada através de uma reprogramação do software de gestão da bateria.
Atualmente, as baterias de iões de lítio dominam o mercado, sendo amplamente utilizadas em carros elétricos, dispositivos móveis e computadores. Estas baterias, ao contrário das de lítio-metal, contêm lítio na forma iónica, o que permite a recarga sem a necessidade de descarregá-las completamente antes.
Em face desses avanços promissores, a indústria automóvel e os entusiastas da mobilidade elétrica aguardam ansiosos por possíveis inovações que poderiam transformar não apenas a autonomia dos veículos elétricos, mas também o cenário global da mobilidade sustentável. A pesquisa em torno das baterias de lítio-metal representa um passo significativo nesse caminho, destacando a importância contínua da ciência e da inovação na construção de um futuro mais verde e eficiente.
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