O Governo irá analisar a implementação de uma via rápida dedicada a transportes públicos na A5, na sequência da aprovação de uma proposta do Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) durante a votação do Orçamento do Estado para 2025, realizada esta quarta-feira. Esta iniciativa tem como objetivo fomentar soluções de mobilidade mais sustentáveis e eficazes na área metropolitana de Lisboa, podendo servir de modelo para a introdução de medidas semelhantes noutras autoestradas do país.
A proposta foi aprovada apesar dos votos contra das bancadas do Chega, PCP e Iniciativa Liberal, e das abstenções do PSD e CDS-PP. No documento submetido pelo PAN, é mencionado que “o Governo levará a cabo os estudos e diligências necessárias à criação de uma via rápida destinada a transportes coletivos sobre a A5, em colaboração com a empresa concessionária desta autoestrada, Infraestruturas de Portugal, S.A., e com os municípios de Cascais, Oeiras e Lisboa”.
O PAN destacou ainda que “a criação desta via rápida já conta com o consenso” entre os municípios envolvidos há vários anos, reforçando que diversas soluções foram previamente analisadas. Entre estas, encontra-se um estudo encomendado pelo município de Cascais à consultora TIS, especializada em sistemas de transporte, que identificou três possíveis alternativas:
- Linha de Bus Rapid Transit (BRT): Um corredor exclusivo para autocarros, ligando Cascais a Lisboa através da A5, com terminal em Sete Rios.
- Linha combinada pela A5, CRIL e Segunda Circular: Um percurso que terminaria na Gare do Oriente, potenciando a ligação a outros transportes.
- Train-Tram na Linha de Cascais: Conversão da linha ferroviária existente num sistema ligeiro, semelhante a um metro de superfície.
O partido reforçou que esta medida responde à necessidade de modernizar a mobilidade na região, reduzir a dependência do transporte individual e incentivar soluções mais ecológicas e inclusivas.
Leia também: Esta quinta no Alentejo está a ser vendida ao mesmo preço que um palacete na França