No dia 29 de dezembro de 2013, Michael Schumacher, heptacampeão do mundo de Fórmula 1, enfrentou um destino que alteraria sua vida e a de sua família de maneira irreversível. O acidente ocorreu enquanto esquiava nos Alpes franceses, resultando em um traumatismo craniano grave. Desde então, o ex-piloto alemão permanece fora do olhar público, e informações concretas sobre seu estado de saúde são escassas.
Como nos conta o Notícias ao Minuto, Schumacher foi submetido a duas cirurgias e ficou em coma induzido por meses. Após 254 dias hospitalizado na Suíça, retornou para casa, onde permanece resguardado. O mistério em torno de sua condição persiste, com poucos detalhes divulgados pela família.
Recentemente, o jornal Bild trouxe uma revelação sobre a tentativa de estimular cognitivamente Schumacher. O ex-piloto teria sido levado para um carro da Mercedes-AMG, onde sons de monolugares de Fórmula 1 e conversas em rádio foram reproduzidos. Esta estratégia tinha como objetivo criar estímulos cerebrais familiares a Schumacher.
Atualmente, o heptacampeão recebe cuidados diários de uma equipa composta por 15 médicos, além de massagistas e assistentes. Corinna, a sua esposa, tem sido incansável na preservação da privacidade da família.
Em 2021, um documentário sobre a vida de Schumacher estreou na Netflix, proporcionando um vislumbre limitado sobre seu estado de saúde. Corinna admitiu que Michael faz terapia diária, mas ressaltou que tudo é “diferente” do que era antes do acidente.
Os filhos de Schumacher, junto com a família e amigos próximos, expressaram saudades, mas mostram-se adaptados à nova realidade. Mick Schumacher, filho do heptacampeão e piloto da Alpine no WEC e de testes da Mercedes-AMG Petronas, revelou sentir falta de momentos familiares, especialmente no automobilismo, que partilhava com o pai.
Jean Todt, antigo chefe de equipa de Schumacher na Ferrari, também comentou sobre o estado de saúde de Michael em 2021, destacando que o ex-piloto está a lutar contra as consequências do acidente e expressa esperança de uma melhoria gradual.
Em 2019, Schumacher foi submetido a um tratamento experimental com células estaminais, sem evoluções significativas divulgadas. Com 54 anos, completará mais um aniversário em 3 de janeiro, permanecendo como uma figura enigmática no mundo do automobilismo.
Dez anos após o acidente que mudou a sua vida, Michael Schumacher permanece como uma das maiores incógnitas do desporto, e a família continua a proteger sua privacidade enquanto enfrenta os desafios decorrentes da nova realidade imposta pelo destino.
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