No ano passado, as viaturas médicas de emergência e reanimação (VMER) do INEM estiveram quase sete mil horas inoperacionais. De acordo com o “Jornal de Notícias”, 5400 horas foram justificadas com a falta de tripulação.
A taxa de inoperacionalidade deste meio de socorro foi de 1,8%, sendo este o pior registo desde 2014. Em situações em que a VMER esteja inoperacional – tanto por avaria ou falta de tripulação -, a vítima espera mais tempo por outra viatura ou é assistida e transportada para o hospital por equipas menos qualificadas.
No interior do país, cerca de um quinto do território esteve sem VMER durante mais de três mil horas. “Nesta vastíssima área do interior, a capacidade de resposta não é comparável ao litoral e as distâncias são muito maiores. Se estes doentes não têm acesso a suporte avançado de vida, e têm que fazer longas viagens até ao hospital e depois ainda podem ter de ser transferidos para uma unidade mais diferenciada, claramente que se confrontam com falta de socorro adequado”, resume o presidente do colégio da competência em Emergência Médica da Ordem dos Médicos e médico no Hospital de Viseu, Vitor Almeida.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL