
O campeonato do mundo de vela da classe 420 teve início esta quinta-feira, 4 de julho, e prolonga-se até ao próximo dia 11 de julho. Cerca de 462 velejadores oriundos de 24 países vão lutar ao largo de Vilamoura pelos títulos mundiais.
“Depois de um último dia dedicado a intensas regatas de treino, os 462 velejadores oriundos de 24 países presentes no Campeonato do Mundo da classe 420 iniciam este sábado ao largo de Vilamoura a competição pelo título”, refere a nota de imprensa enviada ao POSTAL.
Foi o último dia para “afinar estratégias, praticar manobras, estudar as condições naturais das águas de Vilamoura e treinar intensamente. Amanhã começam as regatas de qualificação deste Campeonato do Mundo da classe 420, onde participam velejadores a partir dos 14 anos, que aspiram a chegar ao nível olímpico, nomeadamente na classe 470”, pode ler-se.
Além do impacto económico direto deste evento na região, estimado pela organização do Vilamoura Sailing em cerca de 2 milhões e meio de euros, as imagens da prova vão ser disponibilizadas pela RTP à European Broadcasting Union (EBU), uma organização de serviço público de televisão que conta com 117 parceiros (entre televisão, rádio e plataformas online) em 56 países, com uma audiência superior a um bilião de pessoas.
Na competição própriamente dita, os velejadores – alguns dos quais estão em Vilamoura há várias semanas em preparação para este evento – entram este sábado (6 de julho) em prova para as regatas de qualificação, que decorrem até segunda-feira (8 de julho).
As regatas finais em todas as categorias – Open, Women’s e Under 17 – acontecem de terça a quinta-feira (9 a 11 de julho).
Os atuais campeões do mundo são os velejadores neozelandeses Seb Menzis e Blake McGlashan, de 14 e 16 anos, que estão em Vilamoura para defender o título. De acordo com a sua treinadora, Jenny Armstrong, “estes velejadores são muito jovens e têm um grande futuro à sua frente, pelo que será interessante acompanhar as suas carreiras”.
A treinadora neozelandesa refere ainda que “nesta fase, a receita para o sucesso passa pela parte mental e em se focarem nas coisas básicas, que têm de ser bem feitas”.
Entre a concorrência, “destaca-se a frota espanhola, a maior e uma das mais fortes, mas também há portugueses que preparam a luta pelos lugares cimeiros. Entre eles estão, por exemplo, os algarvios Luís Niza e Paulo Baptista, naturais de Tavira e com 32 anos, que depois de terem abandonado a competição em 2008, decidiram regressar à vela para participar nesta prova”, acrescenta a nota de imprensa.
“Já fizemos alguns treinos e conseguimos bons lugares, e numa competição como esta nunca se sabe. A maturidade e a experiência que temos trazem vantagens, já cometemos menos erros, por isso tudo pode acontecer”, considera Paulo Baptista.
A partir deste sábado, os nomes dos novos campeões do mundo da classe 420 começam a definir-se.
(SP/HDF)