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A Galp e a italiana Eni desistiram da exploração de petróleo ao largo da costa alentejana, sublinhando os obstáculos legais que impossibilitam a continuação do projeto.
Segundo revelou o “Economia Online”, a Galp e a Eni tomaram a decisão de abandonar o projeto de exploração de fronteira na bacia do Algarve/Alentejo. “Apesar de lamentarmos a impossibilidade de avaliar o potencial de recursos offshore do país, as condições existentes tornaram objetivamente impossível prosseguir as atividades de exploração”, anunciou a petrolífera portuguesa esta segunda-feira em comunicado enviado às redações, isto depois de o CEO Carlos Gomes da Silva ter comunicado esta decisão aos analistas através de uma conference call de resultados realizada ao final da manhã.
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“Dada a existência de diversos processos judiciais em curso sobre este assunto, as duas empresas não farão comentários adicionais neste momento”, indicou ainda a empresa.
Galp (30% do consórcio) e Eni (70%) tinham até meados de janeiro para efetuarem o primeiro furo de exploração de petróleo, situado a cerca de 46 quilómetros da localidade de Aljezur. Porém, o tribunal de Loulé aceitou em agosto uma providência cautelar interposta pela Plataforma Algarve Livre de Petróleo para a suspensão do processo, acabando por determinar o fim precoce do projeto.
Apesar de lamentar o desfecho, a Galp diz que vai “continuar a investir em Portugal”, nomeadamente a abrir caminhos no campo da mobilidade sustentável, a apostar na competitividade e na eficiência energética e ambiental das refinarias bem como reforçar progressivamente a aposta nas fontes de energia de base renovável em regime de mercado”.
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“É aqui que temos a nossa âncora e que estamos a lançar as bases para a transformação estratégica da empresa em resposta aos desafios da descarbonização”, reforçou.
Este anúncio surge no dia em que a Galp apresentou uma subida de 54% dos lucros para quase 600 milhões de euros no exercício dos primeiros nove meses do ano.
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