Três raposas, uma mãe e duas crias, apareceram há cerca de três semanas na praia de Cabanas, em Tavira, e têm sido avistadas pelas várias pessoas que frequentam a praia.
No dia 22 de Setembro, o PAN enviou um pedido de intervenção ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) e também o Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens (RIAS) alertou as autoridades competentes para esta situação da qual tem conhecimento desde o início. Diogo Amaro, responsável do RIAS, afirma que “temos conhecimento de que estão a ser feitos esforços para capturar os animais, em segurança, de modo a fazê-los chegar às nossas instalações para se iniciar o processo de recuperação o mais rapidamente possível”.
De acordo com Pedro Palma, Capitão Porto de Tavira e Vila Real de Santo António, “a Polícia Marítima, juntamente com os funcionários do parque natural, deslocaram-se à ilha de Cabanas e montaram algumas gaiolas armadilhadas para capturar as raposas mas ainda não tivemos sucesso. A raposa é um animal selvagem e tem conseguido comer alguma comida que se encontra dentro da gaiola mas não fica lá dentro”.
Entidades alertam pessoas para não alimentarem os animais
Ontem, 9 de Outubro, representantes da ANIMAL, do PAN, vigilantes do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), funcionários do CRO, da MVM, uma equipa do SEPNA da GNR e a Polícia Marítima estiveram no local em mais uma tentativa de capturar a raposa que está doente e encaminhá-la para o centro onde poderá recuperar. De acordo com a ANIMAL, a tentativa de captura vai continuar no dia de hoje.
As várias entidades alertam as pessoas para que não alimentem estes animais e evitem o contacto com eles. Segundo o RIAS, “a sobrevivência de um animal selvagem numa situação como esta pode ficar gravemente comprometida pois a habituação ao Homem pode ser irreversível. No caso destas raposas, a alimentação errada disponibilizada pelas pessoas, é uma das causas para o seu estado de saúde. O facto deste animal estar a ser alimentado pelas pessoas está também a atrasar e prejudicar o processo de captura pelas autoridades competentes. Este caso tem sido, infelizmente, um exemplo do que não deve ser feito na presença de um animal selvagem”.
(Cátia Marcelino / Henrique Dias Freire)