Pela primeira vez, a emblemática Festa em Honra de Nossa Senhora da Conceição, não vai reunir pessoas nas ruas da cidade. Com uma programação que garante a segurança de todos, as celebrações em honra da Padroeira dos Pescadores acontecem nos dias sete e oito de dezembro.
Este ano, devido à pandemia de covid-19, a Paróquia de Quarteira e a Junta de Freguesia convidam todos os quarteirenses a participar, em segurança, a partir dos seus lares, à janela, ou através da transmissão em direto, na página de Facebook da autarquia. A imagem da padroeira desce dos ombros dos Homens do Andor e percorre as ruas da cidade numa viatura. “A intenção é que a procissão percorra o maior número de ruas possível, dentro da zona habitual do percurso”, garante Telmo Pinto. “Este será um momento desta diferente do habitual, mas não deixará de ser vivida com o mesmo sentimento, devoção e dedicação”, acrescenta o autarca.
Deste modo, a procissão de velas com a Imagem da Nossa Senhora, em direção à Igreja de S. Pedro do Mar, no dia 7, pelas 21:00 horas, marca o arranque das celebrações.
Já no dia oito, feriado nacional da Nossa Senhora da Conceição, a cidade acorda com uma alvorada, pelas 9:00 horas. Às 15:00 horas é celebrada uma eucaristia na Igreja de S. Pedro do Mar, cumprindo as normas impostas pela Direção Geral da Saúde (DGS) e com lotação máxima estabelecida. A partir das 16:00 horas, a procissão solene com a Imagem da Nossa Senhora, percorre as ruas da cidade de Quarteira numa viatura, no fecho de uma das mais emblemáticas festas religiosas da região algarvia.
A Festa da Nossa Senhora da Conceição (Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria), Padroeira de Portugal, de Quarteira e dos seus pescadores, tem raízes culturais profundas, uma vez que a Imagem foi encontrada pelos pescadores há mais de 200 anos na comunidade piscatória e em todos os quarteirenses.
No ano de 2000 foi erigida, no Porto de Pescas de Quarteira, uma pequena capela para acolher a Padroeira e reza a curta história desta capela, que recebe os pescadores no seu regresso do mar, que no mesmo ano em que foi erigida, protegeu as embarcações de um violento temporal que se abateu na costa do Algarve, apesar dos estragos materiais provocados.