Profissionais da Guarda Nacional Republicana (GNR) que estão responsáveis pela segurança dos aeródromos protestam no sábado de manhã, em Viseu, contra a falta de pagamento do serviço remunerado desde dezembro de 2021.
Com este “protesto contra dois anos de calote”, que irá realizar-se no aeródromo de Viseu, a direção nacional da Associação de Profissionais da Guarda (APG) espera que a situação não caia no esquecimento.
Em comunicado esta sexta-feira divulgado, a APG refere que “existe a possibilidade do voo Bragança-Portimão deixar de ser realizado, o que implicará o encerramento dos aeródromos de Bragança, Vila Real, Viseu e Portimão”.
Isto numa altura em que “os 190 profissionais que garantem a segurança dos aeródromos fora do seu horário de trabalho estão sem receber o respetivo serviço remunerado há dois anos”, lamenta.
Segundo a APG, “a GNR recebeu em dezembro de 2023 o dinheiro para pagar este serviço até agosto do ano passado, pagamento que não foi concretizado antes por carecer de autorização do membro do Governo responsável”.
No entanto, “mesmo que o pagamento deste serviço seja feito em fevereiro, fica por regularizar o período compreendido entre setembro de 2023 e janeiro de 2024”, avisa.
No seu entender, “é absolutamente inadmissível que existam profissionais da GNR a trabalhar de graça, não agindo o Governo em tempo útil para regularizar esta situação de vez”.
“Esta situação é ilustrativa da falta de respeito que a tutela tem pelo serviço dos profissionais da GNR que todos os dias são confrontados com muitos deveres, mas com muito poucos direitos”, considera.
Apelidando esta situação de “vexatória”, a associação entende que, “quando é o próprio Estado que não é de boas contas há algo que tem de ser feito com urgência, porque o exemplo deve sempre vir de cima”.
A APG apela a todos os profissionais da GNR que se juntem ao protesto, porque “o que está em causa é ilustrativo da falta de consideração” que o Governo tem pelas suas funções.
“Esta luta é de todos e, quer sobre a questão dos aeródromos, quer no que respeito ao suplemento de missão que exigimos, é a nossa dignidade profissional que está em causa”, sublinha.
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