Os portugueses podem vir a sofrer com aumentos médios de até 50% dos preços a cobrar pelo abastecimento de um metro cúbico de água e pelo tratamento do respetivo efluente, uma vez que as tarifas abaixo de custo poderão deixar de existir. De acordo com o jornal “Público”, poderá vir a aplicar-se, nos casos de necessidade, o princípio do utilizador-pagador, com tarifas sociais para compensar.
O país precisa de investir 6,6 mil milhões na melhoria e manutenção da infraestrutura até 2030, uma vez que apresenta alguns défices no sector: na gestão e na aplicação de tarifários que não cobrem os custos de serviço. Os municípios e as entidades responsáveis pelos sistemas em alta vão ter de investir no incremento dos indicadores de qualidade e na acessibilidade, mas terão de apostar, principalmente, na manutenção da rede e na sua melhoria contínua.
Nas últimas duas décadas, o país investiu 13,8 mil milhões de euros nos sistemas de água e saneamento, um valor considerado insuficiente, tendo em conta que, segundo as avaliações realizadas ao plano estratégico ainda em vigor, houve um subinvestimento na manutenção das redes.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL