São cerca de 400 os passageiros que desde a tarde de sábado estão à espera de poderem desembarcar do Paquete Funchal no Porto de Portimão, uma situação provocada pela inexistência de um rebocador capaz de auxiliar o navio de cruzeiros na entrada e atracagem no estuário do Arade.
O Paquete Funchal tinha como destino final o Porto de Lisboa, mas devido às más condições do mar na costa ocidental portuguesa terá de atracar em Portimão donde os passageiros serão encaminhados para o destino final daquela que foi uma viagem de sete dias iniciada em Lisboa a 29 de Dezembro e que teve como escalas a cidade do Funchal, na Passagem de Ano, e Marraquexe, apurou o POSTAL no sítio da internet do armador proprietário do navio, a Portuscale Cruises.
Portimão sem rebocador
A entrada do paquete na barra de Portimão e a atracagem no porto da cidade depende do auxílio de um rebocador, sendo que a infra-estrutura portuária algarvia não dispõe deste tipo de embarcação necessária para ajudar a manobrar navios de grande porte.
O Porto de Portimão depende por regra de um rebocador de Setúbal para ajudar à entrada dos navios de cruzeiro, uma situação que é há muito denunciada pelos operadores e pela autarquia portimonense como sendo um entrave às condições técnicas do único porto de cruzeiros da região.
Assim resta ao Paquete Funchal – uma embarcação com capacidade para 580 passageiros, 154,6 metros de comprimento, 19,05 de largura e 6,5 metros de calado – aguardar.
De acordo com a notícia avançada pela Agência Lusa espera-se que amanhã, se houverem condições, os passageiros possam finalmente desembarcar em Portimão depois da chegada do imprescindível rebocador.
O navio construído em 1962, foi alvo de uma reforma em 1973 e recentemente (2013) foi novamente intervencionado para integrar a frota da Portuscale Cruises que integra ainda os navios Azores, Lisboa e Porto, todos eles cruzeiros.