Na habitual conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia, o diretor-executivo do programa de Emergências Sanitárias da organização, Michael Ryan, afirmou que é preciso “estar ciente de que a doença pode disparar a qualquer altura”.
“Não podemos supor [que os números de novas infeções] vão continuar a descer e que teremos alguns meses para nos preparar para uma segunda vaga. Pode acontecer um segundo pico na atual, como aconteceu em outras pandemias, como da gripe pneumónica”, afirmou.
A principal responsável técnica no combate à covid-19, Maria Van Kerkhove, salientou que os estudos de seroprevalência já efetuados são poucos – só dois publicados e cerca de 20 em pré-publicação mostram que “uma grande parte da população continua suscetível” ao novo coronavírus.
“Se encontrar uma oportunidade, este vírus provocará surtos. Uma característica única deste coronavírus é a capacidade de se amplificar em certos ambientes fechados, com uma super-propagação, como temos visto em lares de idosos ou hospitais”, acrescentou.
O que se ganhou entretanto foram “as ferramentas para suprimir o contágio”, referiu, indicando que para já, não é claro que um ressurgimento de casos em países que conseguiram reduzir o número de novas infeções esteja dependente do clima ou da temperatura.
Algumas horas antes, María Neira, diretora do Departamento de Saúde Pública da OMS, disse que é “cada vez mais” improvável uma segunda grande vaga do novo coronavírus, mas aconselhou muita prudência.
Em entrevista à rádio catalã RAC1, Maria Neira indicou que os modelos de previsão com que a OMS trabalha “avançam muitas possibilidades, desde novos surtos pontuais a uma nova vaga importante, mas esta última possibilidade é cada vez mais de descartar”.
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