As avaliações do 3º período e a preparação para os exames nacionais continuam a ser uma preocupação de alunos, país, encarregados de educação, professores e diretores. As aulas presenciais para os alunos do 11º e 12º anos, em algumas disciplinas, foram retomadas na passada segunda-feira.
José Lemos de Sousa falou com o Expresso e lembrou que “os alunos, seja em que circunstância for, são avaliados pelos elementos recolhidos pelos professores. Todos têm as notas do 2º período atribuídas”.
O presidente do Conselho das Escolas afirma ainda que “dificilmente um professor dará uma nota inferior, a menos que o aluno, de forma propositada ou dolosa, se ausente. Quanto muito poderá valorizar num ponto um aluno que se esforçou mais no 3º período. É esta a orientação que dou aos professores”.
EXAMES NACIONAIS CONTAM PERGUNTAS COM MELHOR PONTUAÇÃO
Um documento publicado pelo IAVE recentemente explica que “os alunos poderão responder a todos os restantes itens de cada prova, sendo contabilizadas para a classificação final as respostas aos itens em que os alunos obtenham melhor pontuação, num número a estabelecer de acordo com a especificidade de cada prova e a divulgar oportunamente”.
Assim, serão cinco os itens de resposta obrigatória; dos 15 restantes, todos terão a mesma cotação e os alunos estão livres de responderem. Porém, “apenas serão considerados para a classificação final da prova os 10 itens cujas respostas obtenham melhor pontuação”.
DICIONÁRIOS SERÃO PERMITIDOS
Quanto aos exames de língua estrangeira, os alunos podem utilizar dicionários. Este adiamento “pressupõe o reconhecimento de que, no atual contexto letivo, a possibilidade de consulta do dicionário poderá contribuir para minimizar situações de desigualdade no desenvolvimento vocabular relativo aos vários aspetos temáticos previstos no currículo”.
ALUNOS E PROFESSORES SEM MEDO DO REGRESSO ÀS AULAS PRESENCIAIS
Em resposta à Lusa este sábado, o gabinete do Ministério da Educação (ME) revelou que “cerca de 90% dos alunos estiveram presentes durante esta primeira semana de aulas presenciais.”
Os professores também não faltaram neste regresso às escolas, que se passou a fazer segundo orientações da Direção-Geral da Saúde para tentar reduzir ao máximo o perigo de contágio.
“A comunidade educativa tem respondido de forma verdadeiramente expressiva na atual fase de abertura parcial do ensino presencial. Nos últimos dias, estiveram presentes a quase totalidade dos docentes previstos”, afirmou o ME.
São tempos de mudança e, sem dúvida, será esta a maior prova que todos os alunos terão de passar. O ensino adaptou-se à pandemia e as aulas já decorrem a todo o gás, para preparar os alunos para os exames nacionais.
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