A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) exortou quinta-feira os políticos europeus a acelerar a implantação das condições para tornar possível a mobilidade com emissões zero, já que “não há tempo a perder”.
“Esta decisão de longo alcance não tem precedentes”, disse o presidente da ACEA, Oliver Zipse, também presidente executivo da alemã BMW, em comunicado.
E prosseguiu: “não há tempo a perder, após o acordo para proibir a venda de novos carros e carrinhas com motor de combustão até 2035”.
Além disso, referiu que o acordo alcançado entre as três principais instituições da União Europeia (Conselho, Parlamento e Comissão) significará que a União Europeia UE “será agora a primeira e única região do mundo a ser totalmente elétrica” daqui a 13 anos.
“A indústria automóvel europeia está à altura do desafio de oferecer carros e carrinhas que produzam emissões zero [de CO2]”, salientou ainda o gestor.
Nesse sentido, realçou a necessidade de que “as condições estruturais necessárias e essenciais para atingir esse objetivo sejam refletidas nas políticas da UE”.
Entre elas, o presidente executivo da BMW citou como fundamentais “a abundância de energia renovável, uma rede contínua de infraestruturas de recarga públicas e privadas e o acesso a matérias-primas”.
Bruxelas quer travar poluição nas próximas décadas com regras mais apertadas para as indústrias
A Comissão Europeia quer medidas drásticas para reduzir a poluição até 2050. É um plano muito ambicioso e que vai, seguramente, levar a muitas discussões entre os Governos, a Comissão Europeia, e, sobretudo, a indústria.
Entre muitas medidas, a Comissão Europeia quer, por exemplo, impor regras mais apertadas às indústrias farmacêutica e de cosmética para que garantam a limpeza da água que deitam fora no final das linhas de produção. Por outro lado, há uma enorme preocupação com a qualidade do ar.
A Comissão diz que a qualidade do ar melhorou muito na União nos últimos anos. Mas o Tribunal Europeu de Justiça condenou vários países – França, Itália, Polónia e a Roménia – por não cumprirem as metas já estabelecidas.
As novas regras que Bruxelas quer impor incluem também a possibilidade dos cidadãos dos 27 poderem abrir processos, e exigir compensações, por problemas de saúde causados pela poluição atmosférica.
- VÍDEO: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL, com Lusa