Nos próximos meses, um evento inédito reunirá robôs e atletas humanos na mesma pista. Pela primeira vez, uma meia maratona contará com a participação de robôs bípedes, que irão competir lado a lado com corredores humanos. O evento terá lugar em Pequim, na Área de Desenvolvimento Económico e Tecnológico (E-Town), em Abril e juntará milhares de participantes.
O número de inscrições ultrapassa os 12.000 corredores, enquanto os robôs participantes foram desenvolvidos por algumas das mais avançadas empresas de robótica do mundo. Tesla, Boston Dynamics e 1X são algumas das marcas que apresentarão os seus modelos nesta corrida inovadora.
Critérios para participação
Para garantir a presença no evento, os robôs precisam de cumprir requisitos específicos. Devem ter forma humanóide, possuir entre 0,5 e 2 metros de altura e conseguir correr ou caminhar sobre duas pernas. Apesar das suas capacidades avançadas, os especialistas indicam que os humanos ainda mantêm vantagem na prova.
Enquanto os robôs atingem velocidades entre 8 e 12 quilómetros por hora, os corredores mais experientes mantêm ritmos médios superiores a 14 quilómetros por hora. Além disso, a autonomia da bateria pode ser um fator limitador, embora os organizadores tenham permitido a troca de baterias ao longo da corrida.
Histórico de robôs em eventos desportivos
Embora seja a primeira vez que robôs competem diretamente numa meia maratona ao lado de humanos, não é a primeira vez que participam em eventos desportivos. Em 2023, o robô quadrúpede Laibo 2 completou uma maratona inteira com uma única carga de bateria, demonstrando a evolução tecnológica nesta área.
No entanto, nesta competição específica, apenas robôs bípedes são permitidos. Isso significa que modelos de quatro patas, como o Laibo 2, ficam de fora da disputa.
O regresso do robô Tiangong
Outro robô que promete captar atenções na corrida é o chinês Tiangong, explica o Periodismo. Em outubro de 2023, este modelo participou numa sessão fotográfica ao correr 100 metros ao lado de atletas humanos na Meia Maratona de Yizhuang. Agora, o objetivo é tentar completar toda a prova.
O evento representa um avanço para a integração de robôs no mundo do desporto e da mobilidade. Embora a sua velocidade ainda não se compare à dos humanos, a evolução da tecnologia pode trazer surpresas nos próximos anos.
Com este tipo de iniciativas, empresas e cientistas testam os limites da robótica aplicada ao movimento humano. Para além da curiosidade em torno da prova, os avanços desenvolvidos poderão ter impacto noutras áreas, como a reabilitação, a assistência a pessoas com mobilidade reduzida e a engenharia biomecânica.
Embora os robôs ainda não sejam candidatos a medalhas, a presença deles nas maratonas mostra o caminho da tecnologia para um futuro onde a interação entre humanos e máquinas será cada vez mais próxima.
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