A falsificação de moeda continua a ser uma preocupação mundial, agravada pelos avanços tecnológicos que facilitam a reprodução ilícita de notas. Para combater este problema, os bancos centrais têm investido em medidas de segurança cada vez mais avançadas, como hologramas, microimpressões e tintas que mudam de cor. Contudo, nem todas as notas possuem o mesmo nível de proteção, e as disparidades entre moedas tornam algumas mais suscetíveis à falsificação.
Um estudo conduzido pela equipa de moeda da BestBrokers analisou as 39 moedas mais negociadas por valor em 2022, identificando as notas de maior circulação em 2023. A investigação classificou essas notas com base no número de recursos de segurança incorporados e avaliou a incidência de falsificações em diferentes regiões. O levantamento revelou quais são as notas mais difíceis de falsificar e destacou o esforço global para proteger as moedas contra fraudes, como citado pelo ExecutiveDigest
As notas com mais recursos de segurança
100 francos suíços (edição de 2019)
No topo da lista está a nota de 100 francos suíços, parte da nona série lançada em setembro de 2019. Esta nota incorpora 20 elementos de segurança, incluindo microperfurações, propriedades UV e infravermelhas, marca d’água e o padrão constelação EURion, tornando-a a mais segura do mundo. Em 2023, havia 144,3 milhões de notas de 100 francos em circulação, representando 27,22% do total de notas na Suíça. Além da sua complexidade tecnológica, o franco suíço é reconhecido como uma moeda de refúgio seguro.
50.000 rupias indonésias (edição de 2022)
A segunda posição é ocupada pela nota de 50.000 rupias, introduzida em agosto de 2022. Com 17 recursos de segurança, como marca d’água, fio magnético e elementos táteis para pessoas com deficiência visual, esta nota também utiliza imagens ocultas e microimpressões só visíveis com lupa, tornando-a altamente protegida contra falsificação.
50 euros (edição de 2017)
A nota de 50 euros, pertencente à série “Europa”, destaca-se com 16 elementos de segurança, incluindo hologramas e tintas que mudam de cor. É a denominação mais amplamente utilizada na zona euro, com mais de 14,6 mil milhões de unidades em circulação em 2023, representando quase metade de todas as notas em euros.
50 dólares australianos (edição de 2018)
Conhecida pelo apelido de “abacaxi” devido à sua cor amarelada, a nota de 50 dólares australianos combina janelas transparentes e elementos 3D para garantir a segurança. Fabricada em polímero, uma característica que aumenta a sua durabilidade, esta nota é amplamente utilizada na Austrália e em países do Pacífico, como Kiribati e Tuvalu.
Outras notas de destaque
Entre as moedas com elevados níveis de segurança encontram-se:
- 200 zlotys poloneses e 20 libras esterlinas, ambos com 15 elementos de segurança.
- 10.000 ienes japoneses (edição de 2024), que inclui um retrato tridimensional de Shibusawa Eiichi que muda de direção conforme o ângulo de visualização.
- 500 pesos mexicanos e 20 bahts tailandeses, cada uma com 14 elementos de segurança.
O caso do dólar americano e de outras moedas menos seguras
Embora amplamente utilizado, o dólar americano não lidera em termos de proteção antifalsificação. A nota de 100 dólares, redesenhada em 2013, possui 12 recursos de segurança, incluindo uma fita azul 3D e um sino que muda de cor. Ainda assim, fica atrás de moedas como o franco suíço e o euro no número e na sofisticação das medidas de segurança.
Por outro lado, países como África do Sul, Taiwan e Argentina enfrentam maiores desafios. Com apenas nove recursos de segurança em algumas das suas notas, estas moedas tornam-se mais vulneráveis à falsificação, sublinhando a necessidade de maior investimento em tecnologia para proteção monetária.
O desafio contínuo da proteção monetária global
A evolução constante das tecnologias de segurança monetária reflete o esforço global para combater a falsificação de moeda. No entanto, as disparidades entre as medidas adotadas por diferentes países evidenciam que, enquanto algumas moedas são quase impossíveis de falsificar, outras permanecem mais expostas, destacando o desafio contínuo de garantir a integridade do sistema financeiro mundial.
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