O Natal, celebrado por muitas culturas como um símbolo de alegria, união e esperança, vai além das suas raízes cristãs. No entanto, em alguns países, celebrar esta data não só é desencorajado, como também pode acarretar punições severas, incluindo até penas de prisão.
Segundo a Forever Young, assim é o caso da Coreia do Norte, onde o regime de Kim Jong-Un proíbe o Natal, considerando-o ilegal. Celebrar a data de forma clandestina pode levar à prisão. Um episódio marcante ocorreu em 2014, quando a Coreia do Sul colocou uma árvore de Natal perto da fronteira, o que foi interpretado pelo regime norte-coreano como um ato de “guerra psicológica”. O ditador acabou por proibir as comemorações de Natal substituindo-as pela comemoração do nascimento da sua avó, Kim Jong-Suk, uma guerrilheira comunista que lutou contra os japoneses e foi esposa de Kim Il Sung, o primeiro líder norte-coreano.
No Tajiquistão, o Natal e qualquer elemento associado, como árvores ou presentes, são proibidos. A repressão intensificou-se após o assassinato de um homem vestido de ‘Pai Frost’, equivalente russo do Pai Natal, por extremistas religiosos em 2011. A proibição completa só foi implementada em 2015.
Já na Somália, onde predomina a fé islâmica, qualquer celebração natalícia é proibida. Em Brunei, as restrições são ainda mais severas: exibir símbolos de Natal pode levar a penas de prisão, independentemente da religião do indivíduo.
Na China, embora esta época festiva não seja oficialmente penalizada, há restrições para conter influências estrangeiras. Muitas regiões restringem decorações e celebrações públicas relacionadas ao feriado. Já na Arábia Saudita, as proibições sobre o Natal foram suavizadas, permitindo decorações em espaços privados. Contudo, celebrações públicas ainda enfrentam restrições devido a normas culturais e sociais.
A rejeição do Natal nestes países baseia-se, principalmente, em razões religiosas ou políticas. Para alguns estados islâmicos, o Natal é visto como um feriado estranho à sua fé. Já em regimes como a Coreia do Norte e a China, é percebido como uma ameaça à identidade cultural ou ao controlo estatal.
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