A principal causa para a mudança de propriedade dos terrenos rurais é a morte. De acordo com o levantamento feito pelo Grupo de Trabalho para a Propriedade Rústica (GTPR) a que o jornal “Público” teve acesso, em Portugal existe uma predominância para a transferência hereditária de propriedade (51,1%).
“Este é um convite ao imobilismo e à não gestão das propriedades”, aponta o coordenador do grupo de trabalho, Rui Gonçalves, sobre o relatório preliminar publicado esta semana. “Este relatório permitiu-nos ver de uma forma muito clara que estamos na presença de uma situação muito complexa”, refere.
Para além disso, 30% das propriedades são de herança indivisa, sendo que em 11,5 milhões de terrenos, 3,4 milhões encontram-se nesta situação. Estes dois fatores aliados a questões como a fragmentação das propriedades a Norte do rio Tejo, justificam a ineficácia das sucessivas reformas da floresta.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL