O homem que conduzia alcoolizado e abaixo do limite de velocidade no acidente que, em 2020, vitimou Sara Carreira vai ser julgado pelo crime de homicídio por negligência grosseira, tal como o então namorado da cantora, Ivo Lucas.
O juiz de instrução criminal do Tribunal de Santarém pronunciou hoje para julgamento os quatro envolvidos no acidente que, ao fim da tarde de 05 de dezembro de 2020, na autoestrada 1 (A1), junto a Santarém, vitimou Sara Carreira, mantendo para Cristina Branco a acusação da prática de um crime de homicídio por negligência (passível de pena de prisão até três anos) e retirando a contraordenação por não colocação do triângulo sinalizador.
A decisão instrutória agravou a acusação imputada a Ivo Lucas, que vai ser julgado pela prática de um crime de homicídio negligente na forma grosseira (passível de pena de prisão até cinco anos), o mesmo crime que imputou a Paulo Neves, o condutor cuja conduta, concluiu o juiz, contribuiu para a cadeia de acidentes que se sucederam, tal como era requerido pelos pais de Sara Carreira, Tony Carreira e Fernanda Antunes.

Tony Carreira esteve indignado com Ministério Público
Recorde-se que o debate instrutório do processo da morte de Sara Carreira começou no passado dia 16 de março. Na altura, à saída do tribunal, Tony Carreira conversou com os jornalistas sobre a audiência a que havia acabado de assistir “Vou tentar, num só resumo, explicar o que senti ali porque não quero meter-me, não quero intervir nisto, vou agora aguardar para ver”, começou por referir em declarações ao ‘Jornal da Uma’, da TVI.
“O foco, na minha opinião, é inteiramente em cima do Ministério Público. O Ministério Público teve um resumo simplesmente miserável. Agora, em relação ao resto, eu vim aqui simplesmente para ouvir. Não estou aqui para condenar absolutamente ninguém. Estou aqui porque devo essa verdade à memória da minha filha”, disse o cantor.