
e atualmente tem cerca de metro e meio (Foto D.R.)
O executivo lacobrigense aprovou por unanimidade na última Reunião de Câmara, realizada a 5 de junho, uma moção que manifesta ao Governo “o seu desagrado pela persistência da deficiente situação da barra de Lagos e recomendar a rápida resolução da mesma”.
A proposta foi apresentada pela presidente da autarquia e mereceu o apoio de toda a vereação. Em causa está o assoreamento da barra, causa de graves transtornos quer aos pescadores residentes, quer também aos diversos operadores das denominadas marítimo-turísticas e entidades com interesses neste domínio, nomeadamente a Marina de Lagos, o estaleiro naval Sopromar e o Clube de Vela de Lagos.
“A situação tem vindo a agudizar-se uma vez que a zona da barra / canal deveria ter cerca de quatro metros de profundidade, em baixa-mar, e atualmente tem cerca de metro e meio, impossibilitando a regular navegação em condições de segurança”, explica a câmara lacobrigense em comunicado de imprensa. A confirmá-lo está a informação disponibilizada no site da Autoridade Marítima Nacional, relativa às barras marítimas do país, que, sobre a barra de Lagos, apresenta, em permanência, a seguinte informação “Estado da Barra de Lagos-condicionada a embarcações com calado superior a 2 metros, estas devem praticar a barra com uma profundidade de água superior a meia maré”. O acesso condicionado da barra de Lagos, face à informação de abertura a toda a navegação de todas as outras barras da zona sul, no entender dos autarcas, “condiciona e prejudica a economia local e a própria imagem de Lagos enquanto destino de excelência”.
Maria Joaquina Matos recordou ainda que, na sequência de anterior apelo dirigido ao senhor secretário de Estado das Pescas, “este comunicou que o início dos trabalhos de dragagem da barra de Lagos estariam previstos para o 1º semestre de 2019, embora condicionados à devida autorização de dragagem e depósito de materiais dragados a emitir pela APA – Agência Portuguesa do Ambiente. “Acontece que estamos em junho, no início da época de maior fluxo turístico, sem qualquer indício de que os trabalhos tenham início, afigurando-se da máxima urgência a resolução de toda esta situação”, remata a presidente da autarquia.
A Câmara de Lagos deliberou manifestar ao Governo “o seu desagrado pela persistência da deficiente situação da barra de Lagos e recomendar a rápida resolução da mesma, bem como dar conhecimento desta sua posição às seguintes entidades: APA – Agência Portuguesa de Ambiente; ANMP – Associação Nacional de Municípios Portugueses; AMAL – Associação de Municípios do Algarve; Assembleia Municipal de Lagos; Capitania do Porto de Lagos; Associação de Pescadores do Barlavento; Associação de Pescadores Amadores; Clube de Vela de Lagos; Marina de Lagos; Sopromar; operadores das marítimo-turísticas com atividade no concelho; e órgãos de comunicação social”.
(CM)