Num feito inédito para a medicina, Aaron James tornou-se o primeiro ser humano a receber um transplante completo de olho. O procedimento, realizado por uma equipa médica em Nova Iorque, envolveu não apenas o transplante ocular, mas também uma intervenção facial parcial.
Um acidente de trabalho em junho de 2021 deixou Aaron James sem o olho esquerdo, num incidente que alterou drasticamente a sua vida. Uma descarga elétrica de 7200 volts resultou na perda do olho esquerdo, do braço esquerdo acima do cotovelo, nariz, lábios, dentes da frente, bochecha esquerda e parte do queixo.
A cirurgia, que durou cerca de 21 horas, contou com a participação de 140 profissionais de saúde, incluindo médicos e enfermeiros. O transplante de olho, nunca antes realizado em seres humanos vivos, foi acompanhado por uma operação de transplante facial parcial, enfatizando a complexidade e a amplitude da intervenção.
Embora esta cirurgia pioneira seja um avanço notável, não há garantias de que Aaron James recupere a visão. O procedimento representa um passo significativo na pesquisa médica e abre portas para futuras possibilidades de transplantes mais amplos e complexos.
O cirurgião Eduardo Rodríguez, líder da equipa médica, expressou a magnitude desta conquista, afirmando que o simples facto de terem realizado o primeiro transplante de olho completo com rosto é uma enorme realização que muitos consideravam impossível por muito tempo.
O procedimento envolveu o uso de guias de corte construídos em 3D, especialmente adaptados para Aaron James, destacando a precisão e personalização da intervenção. O próprio paciente reconheceu a importância do doador e da sua família, agradecendo pela segunda oportunidade de viver perante uma situação tão desafiadora.
Após a cirurgia bem sucedida, Aaron James regressou ao seu estado natal, no Arkansas, para estar com a sua mulher e filha. O próximo passo inclui consultas mensais de acompanhamento em Nova Iorque, marcando o início de uma jornada de recuperação e descoberta dos resultados deste procedimento inovador na sua qualidade de vida. Este avanço abre caminho para novas esperanças na área da medicina e reforça o papel da ciência na transformação de vidas.
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