
O Dia Mundial do Saneamento para Todos celebra-se anualmente a 19 de novembro e traduz uma preocupação humanitária pela defesa dos direitos do indivíduo, nomeadamente no acesso à água ou saneamento básico.
“Em Portugal, esta é uma data que passa muitas vezes despercebida pelo consumidor, e pelo público em geral, o que não deixa de ser um bom sinal”, vinca a empresa Águas do Algarve em comunicado, acrescentando que “há ainda muito por fazer, como é o caso da área da sensibilização ambiental e educacional da população para as questões associadas a esta temática”.
“A Sanita não é um balde do Lixo”, neste âmbito, a Águas do Algarve tem vindo a desenvolver nas redes sociais, durante este mês de novembro, uma Campanha de Sensibilização que alerta para os perigos do uso incorreto dos “esgotos”, e do que inadvertidamente se coloca na sanita.
Também neste dia, a Águas do Algarve, através do seu presidente – Joaquim Peres, estará presente como orador, numa conferência intitulada “Alterações climáticas: Respostas e tendências do setor do ambiente”, e com a intervenção “Garantir o abastecimento: As Alterações Climáticas e a Sazonalidade”.

Trata-se de um webinar organizado pela Apemeta sobre Alterações Climáticas – Respostas e tendências do sector do Ambiente. O Algarve é um caso complexo porque aporta uma sazonalidade enorme na procura da água e por outro lado e devido à cada vez maior escassez de água agrava o problema para um operador da alta como é o caso da Águas do Algarve.
Em Portugal, o Grupo AdP – Águas de Portugal, onde se insere a Águas do Algarve, é o principal grupo empresarial português com atividade nos domínios do abastecimento de água e do saneamento de águas residuais. Atua em todas as fases do ciclo urbano da água, desde a captação, o tratamento, o transporte e distribuição de água para consumo público, à recolha, transporte, tratamento e rejeição de águas usadas, urbanas e industriais, incluindo a sua reciclagem e reutilização.
Na Águas do Algarve “estamos conscientes de que as atividades de abastecimento público de água à população, e de saneamento de águas residuais urbanas constituem serviços públicos de carácter estrutural, essenciais ao bem-estar geral e à saúde pública da população bem como de apoio ao desenvolvimento das atividades económicas e à proteção do ambiente”, afirma Teresa Fernandes, porta-voz da empresa.

“O Sistema de Saneamento de Águas Residuais do Algarve permite recolher, tratar e devolver ao meio ambiente, assegurando elevados níveis de qualidade das águas rejeitadas através do recurso a tecnologias avançadas de tratamento e um exigente controlo e monitorização dos processos”, acrescenta.
“A eficiência deste sistema é determinante para o Algarve, e um fator decisivo para o dinamismo socioeconómico desta região, sendo que a garantia de elevados padrões de qualidade da água para o abastecimento público, constitui um critério diferenciador para a indústria do turismo, que é a atividade económica predominante”, salienta.
O controlo da qualidade das águas residuais do Sistema Multimunicipal de Saneamento do Algarve é efetuado de forma a garantir o cumprimento dos valores exigidos nas Licenças de Utilização dos Recursos Hídricos – Rejeição de Águas Residuais, de todas as Estações de Tratamento de Água Residual (ETAR) da Águas do Algarve e respetivos meios recetores e emissários. A monitorização da qualidade das águas residuais incide sobre o controlo legal e operacional das 4 zonas do Sistema. Para monitorização da qualidade das águas residuais e meios recetores, o Laboratório da Águas do Algarve utiliza uma rede de amostragem de cerca de 350 pontos de colheita, situados em ETAR’s, (95%), meios hídricos recetores (cerca de 5%) e um emissário submarino. O controlo da qualidade da água envolve a realização de cerca de 41.600 análises, nas áreas técnicas de físico-química (FQ), microbiologia e biologia.
Este sistema, em termos de desenvolvimento de projetos e obras, teve início em 2003 e atualmente estão em exploração as seguintes infraestruturas:

A realidade mundial
Teresa Fernandes, destaca que “é importante não esquecer o porquê desta data, e a crua e triste realidade que ainda subsiste em vários países do nosso Planeta, que é a nossa casa comum*, como sabemos, “a água tangencia todos os aspetos do desenvolvimento e está ligada à maioria dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”. Contudo, uma série de desafios – lacunas no acesso a água e saneamento, a rápida urbanização e o crescimento populacional, a poluição, os impactos climáticos e padrões de crescimento que fazem uso mais intensivo da água – “tornam a insegurança hídrica numa das maiores ameaças ao progresso económico, ao alívio da pobreza e ao desenvolvimento sustentável”.
Para que exista segurança hídrica à escala mundial, “é necessário melhorar a gestão dos recursos, facilitar o acesso universal a água e saneamento, e otimizar o uso dos recursos hídricos na agricultura. Urge criar resiliência através de sistemas que possam resistir melhor aos extremos climáticos e, ao mesmo tempo, abordar a fragilidade existente em países com escassez de água”.
“A falta de acesso a (melhores) serviços de abastecimento e saneamento impõe grandes custos à sociedade, designadamente nas regiões mais pobres”, conclui.
* O Dia Mundial do Saneamento para Todos celebra-se anualmente a 19 de novembro e traduz uma preocupação humanitária pela defesa dos direitos do indivíduo, nomeadamente no acesso à água ou saneamento básico.
A privação destes bens é uma ameaça à saúde, à erradicação da pobreza e ao desenvolvimento económico e social. Esta data, convida à consciencialização sobre esta questão: Estados Membros, Organizações das Nações Unidas, Organizações internacionais ou não-governamentais, sociedade civil e cidadãos em geral. Foi proclamado o Dia Mundial do Saneamento para Todos através da Resolução 67/291 adotada na Assembleia Geral das Nações Unidas de 24 de julho de 2013.