A CP suprimiu 60 comboios dos 253 programados entre as 00:00 e as 08:00 de hoje devido à greve dos trabalhadores da transportadora, tendo-se efetuado 193, segundo dados enviados pela empresa à Lusa.
A CP – Comboios de Portugal indica que dos 66 comboios regionais previstos não se fizeram 25 ligações.
Quanto aos urbanos de Lisboa, estavam programados 115, mas foram suprimidos 24.
Nos urbanos do Porto, estavam previstos para aquele período 52, tendo sido suprimidos seis.
No que diz respeito aos comboios de longo curso, realizaram-se 11, das 12 ligações previstas.
Vários sindicatos deram início no dia 28 de março a novas greves no setor ferroviário, que abrangem a Infraestruturas de Portugal (IP) e a CP, até ao final deste mês.
Depois de vários dias de greve entre as 00:00 e as 02:00 e de um dia inteiro na passada quinta-feira, até 30 de abril a paralisação na IP e na CP será a partir da oitava hora de serviço.
Até final do mês, “na CP, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.
Até 30 de abril, na IP, “os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.
Estas greves foram decretadas por uma plataforma de sindicatos composta pela ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária; o SINFB – Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins; o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins; o FENTECOP – Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Publicas; o SIOFA – Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins; a ASSIFECO – Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial e os STF – Serviços Técnicos Ferroviários.
Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) está em greve durante todo o mês de abril, face à “atitude de desconsideração” de que acusa a empresa.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão “aumentos salariais efetivos”, a “valorização da carreira da tração” e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.
Ainda reclamada é uma “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, um “efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes” e o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo”.