Os britânicos, através das suas autoridades, emitiram um alerta aos seus cidadãos na sequência de um sismo de magnitude 4,9 na escala de Richter, registado na noite de segunda-feira, 10 de fevereiro, em Marrocos. O tremor de terra ocorreu na região de Tânger-Tetuão-Al Hoceima e foi sentido em diversas localidades do sul de Espanha, havendo relatos de que também foi percecionado em algumas zonas de Portugal.
Segundo o Instituto Geográfico Nacional (IGN) de Espanha, citado pelo Huffington Post, o sismo teve epicentro na região de Ksar-el Kébir, no norte de Marrocos, e ocorreu às 23h49 (hora local) a uma profundidade de 34 quilómetros. O abalo foi particularmente sentido em várias cidades andaluzas, como Sevilha, Huelva, Cádiz, Málaga, Jaén e Córdoba, onde atingiu intensidades II e III na escala de Mercalli Modificada, que avalia os efeitos dos sismos à superfície.
Apesar de o tremor ter sido sentido em diferentes pontos da Península Ibérica, as autoridades espanholas confirmaram que não houve registo de danos materiais nem de vítimas. O serviço de emergências 112 da Andaluzia recebeu cinco chamadas de cidadãos a relatar o sismo, quatro delas provenientes da província de Sevilha e uma da província de Huelva.
As orientações dos britânicos
A rápida divulgação da notícia levou a uma reação imediata dos meios de comunicação internacionais, sobretudo no Reino Unido, onde o impacto do sismo gerou preocupação entre turistas britânicos que se encontravam nas áreas afetadas. Em resposta, os britânicos, através do seu governo, emitiram um alerta, recomendando aos cidadãos que se mantenham atentos a possíveis réplicas de sismo e sigam as orientações das autoridades locais, escreve a Executive Digest.
O Reino Unido tem por hábito emitir este tipo de alertas sempre que ocorrem fenómenos naturais que possam representar riscos para os seus cidadãos, especialmente em países com grande fluxo turístico. O facto de a região afetada incluir destinos muito procurados por turistas, como a Costa del Sol, poderá ter motivado uma atenção redobrada por parte das autoridades britânicas.
A atividade sísmica no norte de Marrocos e no sul de Espanha é relativamente frequente, uma vez que esta região se situa na zona de convergência entre as placas tectónicas euroasiática e africana. De acordo com especialistas, pequenos sismos são comuns na área, embora nem sempre sejam sentidos pela população.
As lembranças do devastador sismo em Marrocos
O abalo de 10 de fevereiro surge pouco mais de um ano e meio depois do devastador sismo de magnitude 6,8 que atingiu Marrocos em setembro de 2023. Esse evento causou quase 3.000 mortos e mais de 5.000 feridos, sendo considerado um dos mais trágicos da história recente do país. A tragédia evidenciou a vulnerabilidade sísmica da região e reforçou a necessidade de medidas preventivas.
Além dos impactos imediatos, os sismos nesta zona podem ter consequências a longo prazo, afetando infraestruturas e a economia local, especialmente em setores como o turismo. As autoridades continuam a monitorizar a atividade sísmica, alertando para a importância de planos de emergência eficazes.
Algumas medidas sugeridas
Especialistas recomendam que a população esteja sempre preparada para eventuais tremores de terra, especialmente em áreas de risco. Entre as medidas sugeridas estão a identificação de locais seguros dentro de edifícios, a existência de kits de emergência e a atenção às indicações das entidades responsáveis.
Embora o sismo de 4,9 não tenha provocado estragos, serve como lembrete da instabilidade geológica da região. A vigilância contínua e a sensibilização para o risco sísmico são essenciais para minimizar os impactos de futuros eventos.
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