Um estudo realizado por investigadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, analisou o esperma de 34 homens chineses que estavam infetados com o novo coronavírus e previamente curados há um mês.
O objetivo seria perceber se o esperma poderia estar contaminado e, deste modo, se haveria risco de a SARS-CoV-2 ser transmitida sexualmente. A conclusão foi publicada no periódico Fertility & Sterility e deverá ser divulgada na publicação nos próximos dias, tal como avança a revista Galileu.
Os cientistas, não detetaram a presença do novo coronavírus no sémen ou testículos dos homens que participaram no estudo.
Os investigadores estudaram ainda um banco de dados com informações genéticas de doadores de órgãos. Pretendiam compreender se dois genes associados à replicação do SARS-CoV-2 – nomeadamente a enzima ACE2 e a protease TMPRSS2- permaneciam nas células testiculares.
As conclusões mostraram que essas duas proteínas estavam presentes apenas em quatro das 6.500 células nos testículos. Podemos assim concluir que a covid-19 não causa danos no saco testicular.
No entanto, James M. Hotaling deixa claro que um homem com um quadro mais grave, poderia ter assim o sémen infectado, caso a carga viral fosse grande. Acrescenta que “se uma doença como a covid-19 fosse sexualmente transmissível, isso teria implicações importantes para a prevenção da doença e poderia ter sérias consequências para a saúde reprodutiva a longo prazo”.
Os cientistas continuam a tentar perceber a origem do novo coronavírus e como ele reage e se desenvolve em contacto com o corpo de um paciente.
A pandemia de covid-19 já ultrapassou os 2,7 milhões de infetados e matou quase 200 mil pessoas em todo o mundo desde que surgiu, segundo um balanço da AFP às 11:00 horas.
A Direção-Geral de Saúde revela que Portugal regista hoje 854 mortos associados à covid-19, mais 34 do que na quinta-feira, e 22.797 infetados (mais 444).