A líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente norte-americano, Joe Biden, comprometeram-se esta quinta-feira a limitar a capacidade do regime russo em utilizar reservas internacionais, incluindo de ouro, para financiar a guerra na Ucrânia.
“Os Estados Unidos e a União Europeia [UE] estão a trabalhar em conjunto no sentido de diminuir a capacidade da Rússia de utilizar as suas restantes reservas internacionais, incluindo ouro, para apoiar a sua economia e financiar a sua guerra ilegal”, vincam Ursula von der Leyen e Joe Biden, numa declaração conjunta divulgada esta noite.
No dia em que Joe Biden está presencialmente em Bruxelas, após ter participado em cimeiras na NATO, do G7 e no arranque dos trabalhos do Conselho Europeu, os dois responsáveis vincam que, também esta quinta-feira, “EUA e UE reforçaram e alinharam os seus regimes de sanções, juntamente com os parceiros de todo o mundo que partilham da mesma opinião”.
“Hoje, os Estados Unidos sancionam mais de 400 indivíduos e entidades adicionais para se alinharem com as medidas tomadas pela UE […] . A Comissão, em conformidade com as suas competências, continuará a apoiar outras medidas semelhantes”, indicam.
E garantem: “Juntos, vamos procurar responsabilizar os responsáveis pela devastação e comprometemo-nos a impor mais custos à Rússia até que Putin cesse a sua agressão”.
Ursula von der Leyen e Joe Biden defendem ainda que “devem ser intensificados os esforços para coordenar as respostas contra a evasão às sanções”.
G7 E UE DISPONÍVEIS PARA REFORÇAR SANÇÕES À RÚSSIA
A posição surge depois de, horas antes, os líderes do grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7) e a UE se terem manifestado disponíveis para reforçar sanções à Rússia pelo ataque à Ucrânia, nomeadamente limitando transações em ouro pelo banco central russo.
Antes, a Casa Branca anunciou que os países do G7 e da UE iriam sancionar as transações envolvendo reservas de ouro da Rússia, para evitar que Moscovo contorne as sanções impostas pelo Ocidente.
Na declaração do G7, foram também apontadas medidas para estabilizar o mercado energético e fazer face à escalada de preços, bem como iniciativas para assegurar segurança alimentar em altura de constrangimentos e problemas de ‘stock’.
Nesta matéria, Ursula von der Leyen e Joe Biden comprometem-se, na declaração conjunta, a “dar mais passos concretos na cooperação energética” entre os Estados Unidos e a UE “para garantir a segurança do aprovisionamento e reduzir a dependência dos combustíveis fósseis russos”.
Já quanto à área do abastecimento, e “a fim de evitar uma potencial crise alimentar desencadeada por aumentos de preços e perturbações”, Washington e Bruxelas asseguram “redobrar os esforços combinados para aumentar a segurança alimentar global e fornecer ajuda alimentar direta, sempre que tal se justifique, aos parceiros em todo o mundo”.