O presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) explica que neste momento há vários cenários possíveis em São Jorge, sendo um deles semelhante ao que aconteceu na ilha de La Palma, nas Canárias.
Rui Marques considera que o facto de, nos últimos dias, os sismos não estarem a ser tão sentidos pela população de São Jorge, não significa que a situação esteja mais calma.
“Continuamos com muita sismicidade, com uma frequência horária muitíssimo acima daquilo que é o normal para qualquer sistema sismo-vulcânico dos Açores”, justificou.
Desde o dia 19 de março, já foram registados mais de catorze mil sismos, dos quais 205 foram sentidos pela população.
O presidente do CIVISA referiu ainda existirem três cenários de possível erupção:
“Podemos ter uma erupção submarina a grandes profundidades e aí não há grande impacto sobre as populações”.
“Podemos ter uma erupção vulcânica a profundidades mais reduzidas e aí teríamos um cenário próximo daquilo que aconteceu nos Capelinhos, na ilha do Faial”.
“E, por outro lado, podemos ter efetivamente o que aconteceu na ilha de La Palma, nas Canárias, uma erupção que se gera aqui na zona subaérea no sistema fissural de Manadas (na parte superior da ilha de São Jorge), que poderá ter a formação de escoadas lávicas e a emissão de alguns piroclastos de trajetória balística e também algumas problemas, por exemplo, a nível da aviação”.
- VÍDEO: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL