Desenvolver a região tecnologicamente e tornar o Algarve num destino competitivo a nível internacional é um dos grandes objetivos da Algarve Evolution. Esta associação reúne cerca de 29 empresas da região e foi apresentada oficialmente na passada quinta-feira.

Miguel Fernandes, CEO da Dengun e presidente da Algarve Evolution afirmou que “o Algarve Tech Hub é a marca, o movimento que representa a vontade da região de nos afirmarmos seja ao nível do poder central, seja ao nível internacional. Queremos dizer que estamos cá e queremos desenvolver a região tecnologicamente”.
Algarve Tech Hub está a ser desenvolvido por entidades públicas e privadas
O Algarve Tech Hub está a ser desenvolvido por entidades públicas, através da Algarve STP e entidades privadas, representadas pela associação Algarve Evolution.
Miguel Fernandes defende que “só aliando o poder político, a vontade de quem manda na nossa região, as empresas, a comunidade e o conhecimento é que vamos ter alguma chance de mudar a região para os próximos 10 anos e de sermos competitivos a nível internacional. É importante darmo-nos a conhecer a outras pessoas que queiram vir para cá e participar no nosso projeto”.
A associação Algarve Evolution é constituída por 29 empresas da região
Por sua vez, a vice-presidente da Algarve Evolution referiu que “a associação é um projeto de 29 empresas que decidiram reunir-se para juntar valor àquilo que é a realidade da tecnologia, trazendo inovação para o Algarve”.
“Estamos a tentar fazer com que as empresas colaborem e crescem ao nível de desenvolvimento tecnológico. Pretendemos trazer lá de fora o que temos de melhor e exportarmos o que há de melhor aqui. Temos muita coisa boa no Algarve”.

“Somos 29 empresas mas pretendemos alargar este número. Só juntando o conhecimento, o know how, a cooperatividade de todas as empresas é que vamos conseguir. Para isso, a Algarve Evolution elaborou três grupos de trabalho: o grupo tecnológico e da inovação, que está a trabalhar na parte do financiamento dos projetos, o grupo financeiro de forma a capacitar as empresas ao nível de projetos europeus e o grupo de comunicação que nos ajuda nestes eventos e noutros para angariarmos sócios e levarmos a nossa marca a nível nacional e internacional”, afirmou.
Marta Aragão, responsável pela comunicação da Algarve Evolution, referiu que “vão existir eventos regulares de formação, muitos business drinks, convívios porque na verdade é com a proximidade que as empresas se unem e ganham força”.
Nuno António, responsável pelo grupo de tecnologia e inovação apresentou os três grandes objetivos da associação.
Em primeiro lugar, “queremos promover a investigação e o desenvolvimento, fomentando a colaboração com a Universidade e com outras instituições da região para dinamizarmos a investigação e trabalharmos todos na componente de desenvolvimento das empresas em conjunto com aquilo que julgamos ser o interesse da região”.
“Depois, estamos a identificar projetos de investigação e de desenvolvimento em que as empresas possam colaborar, promovendo a cooperação empresarial. Por último, estamos a falar com a Universidade e com outras entidades no sentido de conseguirmos adaptar e dar as conter as necessidades existentes ao nível das empresas, das pessoas e das formações, tornando os cursos mais atrativos”.
Adelino Venturinha, responsável pelo departamento financeiro, afirmou que “ao nível do financiamento existem dois grandes grupos: o primeiro é a obtenção de financiamento para a associação e para as atividades da associação e o outro relaciona-se com as empresas e a sua atividades e a forma como podem beneficiar do facto de pertencerem à associação”.
João Guerreiro, representante da STP (associação que engloba a Universidade do Algarve e alguns municípios) afirmou que “a Algarve Evolution é um interlocutor privilegiado naquilo que são as relações entre a Universidade, as entidades e o mundo empresarial”.
João Guerreiro defende que “a internacionalização é fundamental, sendo que a STP é uma plataforma que catalisa e promove todas essas interligações”.
“Esta apresentação é muito interessante porque ao fim de anos conseguimos encontrar uma plataforma de entendimento entre a Universidade, as empresas, as autarquias e outras instuições da região no sentido de caminharmos de forma convergente, em colaboração, competindo com aquilo que é o exterior da região”.
João Guerreiro salientou ainda que “o Algarve STP, o Algarve Evolution e as outras entidades é que configuram o Algarve Tech Hub, que é um chapéu que reune todas estas entidades que trabalham para o mesmo fim, no sentido de afirmar o perfil tecnológico do Algarve”.
(Stefanie Palma / Henrique Dias Freire)