Os médicos de família, assim como os restantes elementos da equipas, podem vir a ser penalizados em avaliações caso tenham utentes da sua lista que realizem interrupções voluntárias da gravidez (IVG) ou se as utentes mulheres tiverem doenças sexualmente transmissíveis. Segundo o jornal “Público”, esta é uma proposta que introduz novos critérios de avaliação para profissionais de saúde que trabalham nas Unidades de Saúde Familiar modelo B (USF-B), já validados pela DGS.
Em causa está uma componente que permite às equipas receber, de acordo com o cumprimento de metas, um valor adicional ao ordenado base. Esta é uma proposta de novos critérios que já foi enviada para o Ministério da Saúde e está em análise.
“O objetivo do planeamento familiar é evitar a gravidez indesejada e [os médicos] têm de ser avaliados por isso. A qualidade é evitar a gravidez indesejada. É preciso criar condições para que existam consultas de preconceção, consultas para quem quer iniciar a sua vida sexual. Se não tiver este indicador [de ausência de IVG] nunca vou criar estímulos para isso”, explica ao diário o coordenador para a reforma dos cuidados de saúde primários, João Rodrigues.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL