O Castelo de Neuschwanstein, o monumento mais visitado da Alemanha, foi recentemente declarado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). Este marco histórico, construído por ordem de Ludwig II, rei da Baviera entre 1845 e 1886, combina uma estética medieval com um toque de romantismo e torna-se agora parte de uma lista exclusiva que valoriza a herança cultural e natural global.
A construção do castelo foi inspirada nas obras do compositor Richard Wagner, amigo próximo de Ludwig II. Para projetar este ícone, o rei escolheu Christian Jank, um criador de cenários teatrais, em vez de um arquiteto tradicional. Este detalhe reforça o caráter singular da obra, que há muito divide opiniões, especialmente entre os que valorizam mais os edifícios medievais originais em detrimento de recriações modernas. Christoph Brumann, etnólogo e professor no Instituto Max Planck de Pesquisa Etnológica, em Halle, refere: “Edifícios como este eram considerados até há pouco tempo como de segunda categoria”. Segundo o especialista, esta perceção explica porque demorou tanto tempo a ser reconhecido pela UNESCO.
Segundo a Volta ao Mundo, Neuschwanstein é também uma fonte de inspiração para a ficção. O castelo da Cinderela, símbolo dos estúdios Disney, foi inspirado na sua arquitetura icónica. “É um caso especial. É muito conhecido e muito popular”, afirma Brumann.
A Alemanha, que conta agora com 1223 sítios declarados Patrimónios da Humanidade (952 culturais e 231 naturais), possui outros locais de destaque na lista da UNESCO, como a Catedral de Colónia, o complexo mineiro de Zollverein, o Palácio Sanssouci em Potsdam e os edifícios da Bauhaus.
Este reconhecimento reforça o valor do Castelo de Neuschwanstein, um testemunho da visão artística e cultural do rei Ludwig II e um símbolo de inspiração e beleza que transcende fronteiras.
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