A China registou o maior aumento de casos nas duas últimas semanas. Apesar dos números serem ainda baixos, o país teme uma nova vaga de infeções por covid-19.
A notícia é avançada pelo jornal britânico The Guardian, que afirma que existe uma nova vaga do vírus numa cidade próxima da fronteira com Rússia. Além disso, Wuhan, cidade berço do vírus, também começou a registar novos casos.
Há uma semana, a China classificou todas as regiões como baixo ou médio risco. Contudo, este domingo houve mesmo uma sucessão de acontecimentos que demonstram que a situação pode estar a mudar e o panorama pode ser alterado novamente.
A cidade de Shulan, perto das fronteiras com a Rússia e a Coreia do Norte, foi no domingo classificada como de alto risco, devido ao aparecimento de novos casos. Uma mulher de 35 anos que, alegadamente, não viajou para fora da província, nem tem qualquer historial de contacto com pessoas que vieram de províncias afetadas ou do exterior do país ficou contagiada.
No domingo, a China registou 17 novos casos. Do total, houve cinco que foram transmitidos localmente em três províncias que fazem fronteira com a Rússia ou com a Coreia do Norte (três foram registados na província Jilin, um em Heilongjiang e outro em Liaoning). Já no caso de Jilin, os três novos casos surgiram na cidade de Shulan, com uma mulher e dois homens a serem infetados O total na cidade é agora de 13 casos.
A quarentena voltou a ser aconselhada a todos os cidadãos que puderem. Alguns espaços públicos foram novamente fechados. A televisão estatal CGTN deu conta destas novas medidas, que acabam por ser o retrocesso do que já foi feito anteriormente.
Também Pequim decretou o encerramento de fronteiras e medidas restritivas em zonas junto à fronteira da Rússia.
HOMEM INFETA 78 PESSOAS EM CIDADE DA CHINA
No final do mês de abril, Harbin, capital da província de Heilongjiang, proibiu a entrada em zonas residenciais de pessoas de fora e de veículos registados noutras cidades, depois de Chen, de 87 anos, ter infetado 78 pessoas.
O homem esteve em dois hospitais desde 2 de abril. Segundo o Reuters, 55 dos infetados são casos leves ou graves e 23 são assintomáticos. Os infetados são principalmente familiares do homem, médicos e enfermeiros.
As medidas de conteção foram desde logo aplicadas, tal como nas províncias onde estão a ocorrer agora novas vagas do surto.
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