Christian Brückner, o homem de 44 anos formalmente suspeito de raptar Madeleine McCann, garante que estava a muitos quilómetros da Aldeia da Luz, no Algarve, na noite de 3 de maio de 2007. Mais precisamente a ter relações sexuais na sua autocaravana com uma jovem mulher alemã, também no região algarvia. O alemão disse que a mulher irá apoiar o seu álibi, avança, a Sky News.
Brückner diz que transportou a alemã ao aeroporto de Faro para um voo de regresso à Alemanha no dia seguinte e que foram detidos e fotografados num bloqueio de estrada da polícia portuguesa.
O suspeito alemão, que se encontra a cumprir uma pena de sete anos de prisão naquele país por violação de uma americana, no Algarve, acredita que a polícia portuguesa possa ter um registo dos acontecimentos que irão estabelecer a sua relação com a jovem alemã que estava de férias com os seus pais.
Aparentemente, a polícia alemã encontrou uma fotografia da mulher alemã deitada na sua autocaravana durante a investigação à violação da vítima americana.
Se for verdade, o álibi contradiz as provas vitais, mas circunstanciais, do MP de dados de telemóvel que a polícia diz colocá-lo perto do apartamento de onde Madeleine desapareceu há 15 anos na Praia da Luz.
Segundo a polícia, o telemóvel do suspeito estava na aldeia quando recebeu uma chamada das 19h32h às 20h02.
Os pais de Madeleine disseram que ela desapareceu entre as 21h e as 22h. Brückner insiste que por volta das 22h conduzira vários quilómetros ao longo da costa algarvia em direção a Faro.
O procurador alemão, Hans Christian Wolters, que lidera a investigação no caso Maddie com as autoridades portuguesas e britânicas, disse à Sky News: “Presumo que se ele tiver alguma coisa que o ilibe, mais cedo ou mais tarde, ele irá partilhá-la connosco e nós iremos então verificá-la. O que acontece então, vamos ver. Até agora, ele não nos disse nada, não nos deu qualquer álibi. Portanto, só podemos trabalhar com base nas provas que encontrámos até agora na nossa investigação. E não havia nada que o exonerasse”.
O Expresso contactou Hans Christian Wolters, para perceber se o Ministério Público alemão está a dar relevância a esta tese de Bruckner. Até ao momento, não obteve qualquer resposta.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL