As autoridades ucranianas acusaram esta quarta-feira as forças russas de lançar bombas de fósforo durante o dia na pequena cidade de Marinka, localizada no leste da Ucrânia, tendo sido contabilizados pelo menos 12 incêndios.
“Os russos voltaram a usar hoje [quarta-feira] bombas de fósforo em Marinka [cidade que tinha 10 mil habitantes antes do início da guerra]”, alertou o chefe da administração militar da região de Donetsk, Pavel Kyrylenko.
De acordo com Pavel Kyrylenko, foram identificados “uma dúzia de incêndios” provocados pelos projéteis e controlados pelos funcionários do Serviço Nacional de Situações de Emergência.
As bombas de fósforo são armas incendiárias cujo uso é proibido contra civis, mas não contra alvos militares, segundo uma convenção assinada em 1980 em Genebra (Suíça).
Na sexta-feira passada, a Rússia negou qualquer violação do direito internacional depois de ter sido repetidamente acusada pela Ucrânia de ter usado bombas de fósforo na invasão.
“As cidades de Georgievka, Novokalinovo e Otcheretino também foram bombardeadas”, observou Pavel Kyrylenko, sem adiantar mais pormenores sobre as armas utilizadas.
“Não há nenhuma vítima a lamentar, mas várias casas ficaram danificadas”, acrescentou.
Também foi realizado um ataque aéreo na aldeia de Slobojanske (nordeste), provocando a morte de uma mulher e do seu filho menor, anunciou o gabinete de imprensa da procuradoria regional de Kharkiv.
Foram ainda disparados mísseis contra uma fábrica em Novomoskovsk e depósito de petróleo em Dnipro (leste), salientou o chefe da administração militar da região, Valentyn Reznichenko, segundo o qual não houve vítimas.