Desenvolver as áreas empresariais do Algarve é o principal objetivo de uma parceria efetuada entre o NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve, a AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR). Estas entidades organizaram a Conferência Internacional sobre a Competitividade das Áreas Empresariais do Algarve, que teve lugar ontem, nas instalações do NERA em Loulé e que contou com a presença de vários agentes da região.
Vítor Neto, presidente da Direção do NERA, começou por dizer que “o projeto REVIT+, desenvolvido por estes três parceiros, foi criado exatamente por existir um “acreditar no papel das empresas, e pela pretensão da existência de um reforço e dinamização da economia da região”.

“Sem empresas não há economia, não há progresso na economia, não há vida na região. Este projeto tem dois parceiros muito importantes: O NERA e a AMAL”, afirma o presidente do NERA.
O responsável salientou que “esta conferência constituiu a sessão de encerramento do projeto, que conta igualmente com a presença dos nossos colegas espanhóis”.
“Nós temos uma economia estruturalmente desequilibrada, sendo que temos um setor muito forte que é o turismo, resultado do trabalho feito na região”, reforçou.
Enquanto presidente do NERA, considero que “nós não temos turismo a mais, mas sim outros setores a menos. Aqui o que está em causa é que temos de recuperar e desenvolver outros setores em que já fomos fortes, em que temos recursos endógenos, conhecimento, cultura e experiência, mas que perdemos posição relativa e temos de a recuperar. Nós também sabemos perfeitamente que o turismo beneficia do reforço dos outros setores para se poder afirmar”.

“E qual é o papel das áreas empresariais? É extamente dar condições de infraestruturas para que as empresas se afirmem, para que se desenvolvam e possam enfrentar estes desafios. Esta é a nossa visão e vamos continuar a defendê-la e a desenvolvê-la”, afirmou Vítor Neto.
Por sua vez, Osvaldo Gonçalves, representante da AMAL, sublinha a importância do trabalho em conjunto. “Pretendemos trabalhar em conjunto para ir mais longe, de forma mais sustentada e com uma capacidade redobrada de transformar riscos e desafios em oportunidades”.
“Em nome da AMAL, dos municípios do Algarve sublinho a importância da parceria com o NERA e a CCDR Algarve para construirmos uma visão regional de respostas aos desafios colocados na região, aos decisores empresariais”, salientou.

“Nunca foi tão importante convergir, mobilizar e integrar para ampliar competências, a capacidade de agir, inovar e de posicionar os produtos e os serviços”, afirmou.
Osvaldo Gonçalves realça o facto de a AMAL se posicionar “como entidade regional, mobilizadora de vontades e de capacidades municipais, como parceira de afirmação de uma visão regional em rede com outras entidades da nossa região. Precisamos de ser mais resilientes, de ter mais capacidade de sermos competitivos em Portugal e no plano internacional”.

“Precisamos de diversificar os setores económicos dos nossos projetos empresariais numa conjugação de valorização do nosso potencial tradicional, das marcas da nossa identidade e da nossa afirmação, de renovados impulsos, de inovação, de investigação e criatividade”, defendeu.
Osvaldo Gonçalves afirma que “estamos aqui para somar, para trabalhar em rede, num esforço regional de valorização das áreas empresariais de apoio ao trabalho municipal e de capacitação no sentido da construção de respostas para as necessidades e ambições dos empreendedores e empresários da região”.
O responsável focou o facto de “ser neste sentido que a rede INVESTE Algarve trabalha. Este é um trabalho em rede que tem concretizado diversas candidaturas, com particular destaque para duas: o projeto Inova Algarve 2020, direcionado para as PME’s da região, no sentido da avaliação do seu potencial de inovação e de capacitação para o desenvolvimento de projetos inovadores. Por outro lado, o projeto Revit+ orientado para a revitalização, a qualificação, a afirmação das áreas empresariais do Algarve, por via da capacitação e da promoção das PME’s instaladas nestas áreas”.
Francisco Serra, presidente da CCDR Algarve, sublinhou que a CCDR “tem vindo a trabalhar, nomeadamente, na identificação das áreas de acolhimento empresarial, através da plataforma Algarve Acolhe”.
“É um trabalho que temos feito com manutenção regular de informação e que em boa hora, em conjunto com o NERA e com a AMAL, decidimos trabalhar para apresentar esta candidatura que como se vê tem produzido objetivamente resultados, nomeadamente, ao nível das orientações, da informação, do levantamento e que constitui certamente uma oportunidade para nós”.
Francisco Serra afirmou que “este projeto permite-nos não só nos centrarmos na realidade que temos, mas sobretudo olhar para o futuro, no sentido de inovarmos, desenvolvermos novas competências, conhecimento, que devem ser incorporados de uma forma célere para podermos sermos competitivos”.
“Que potencial é que estas áreas de acolhimento empresarial representam para a região? Como é que as nossas empresas, independentemente dos lugares onde elas agora estão, sobretudo aquelas que estão nas áreas de acolhimento empresarial podem melhorar a sua performance? E as que não estão instaladas virem a instalar-se, sendo certo que também há que fazer um esforço do lado das áreas de acolhimento empresarial para se dimensionarem adequadamente face aos novos desafios, face às necessidades que as empresas têm, algumas deles de setores muito específicos, como é o caso das áreas das tecnologias de informação e outras”.
Francisco Serra admite que “este trabalho visa, em primeiro lugar, um olhar sobre o que há e esse trabalho já foi feito e em segundo lugar apresentar uma perspetiva do que terá de haver, no sentido de incentivar as empresas a instalarem-se nessas áreas”.

“Temos de olhar para as oportunidades e reinventarmo-nos de forma a fazer coisas novas que permitam que voltemos outra vez a ser competitivos e isto quer dizer em boa parte que não temos apenas de ser competitivos nas exportações, mas também na produção para consumo interno, no sentido em que determinados setores da produção são fundamentais para diminuirmos o peso das importações. Temos de ser sempre iguais aos melhores, ou melhores”, conclui.
Joaquim Brandão Pires, explicou que “este trabalho foi visto, feito, encomendado, numa dupla perspetiva. Por um lado, pretende conferir algumas vantagens às empresas que estão instaladas nas áreas de acolhimento empresarial e, por outro lado, projetar estas áreas de acolhimento empresarial enquanto plataformas de acolhimento de novas empresas, de novos investimentos direcionados para novos objetivos da região. Essa dupla perspetiva esteve presente na elaboração deste estudo”.

O ponto de partida deste estudo focou-se em vários aspetos: o conhecimento das áreas de acolhimento empresarial do Algarve, que não estavam descritas nem caracterizadas. “Focámos esta análise nos domínios que o presidente da CCDR falou, no designado Ris 3 Algarve, que são os fatores que estão subjacentes a uma estratégia de desenvolvimento empresarial na região”, afirmou.
“Analisámos as áreas de acolhimento empresarial à luz dos instrumentos de ordenamento do território, à luz dos PDM’s e de outros instrumentos. Avançámos para o título propriamente do trabalho que é identificação e análise dos fatores críticos de competitividade dessas áreas de acolhimento empresarial, sendo que o produto final deste trabalho é propor respostas, soluções, pistas, para um novo período de programação”, acrescentou.
O responsável sublinhou que foram identificadas 75 áreas empresariais, no entanto, para este estudo só foram consideradas 34 empresas, depois da passagem “por um crivo exigente de vários fatores”.

“Existe um número considerável de áreas de acolhimento empresarial localizadas a norte da A22 (11 empresas). Há um padrão de localização das áreas de acolhimento empresarial fortíssimo que é em torno da Estrada Nacional 125, com 11 delas a continuarem sobre esse espaço. Depois existem 6 que estão sobre aglomerados urbanos e 6 em outras localizações”.
Joaquim Brandão Pires critica o facto “da esmagadora maioria destas áreas não ter uma entidade gestora, nem regulamentos próprios. Além destas 34 empresas, existem outras situações que tendem a instalar empresas de grande dinamismo e que são interessantes que venham a ser consideras no futuro. Estou a pensar, por exemplo, em nichos de empresas mais voltadas para setores de grande modernidade, situações como o polo de Gambelas da Universidade do Algarve que tem lá instaladas empresas de grande modernidade ou, por exemplo, o Porto de Portimão que já tem lá instaladas um conjunto de empresas ligadas à náutica”.
Existem vários fatores que pesam na escolha de uma determinada área de acolhimento empresarial. A proximidade à A22 é essencial, sendo que existem outros fatores importantes, tais como a distância ao aeroporto, a proximidade de unidades de investigação e o dinamismo empresarial envolvente.
Catarina Cruz, representante da CCDR, evidenciou que “há algum tempo que sentíamos que existia a necessidade de um ajustamento e modernização na nossa Plataforma Algarve Acolhe. Esta plataforma dá a conhecer as parcelas, lotes disponíveis na região, sendo feita só com base nas áreas empresariais que estão edificadas em planos de ordenamento de território. Como efetivamente esta plataforma está a ser atualizada duas vezes por ano, permite-nos conhecer as dinâmicas e a ocupação que vai existindo com as empresas nestas áreas”.

“A plataforma é dinâmica e podemos fazer pesquisas em função da localização, dimensão dos lotes e disponibilização a curto, médio e longo prazo. Quais os novos desafios com esta nova plataforma? Desafios de competitividade, sustentabilidade, cooperação, de especialização no âmbito da Ris 3, de internacionalização e, essencialmente, de governação com a gestão profissional destas áreas, havendo um condomínio, uma melhor comunicação destas áreas empresariais e de toda a comercialização por parte das empresas que estão localizadas”.
Luís Guerreiro, consultor do NERA, referiu que “quer este upgrade do site Algarve Acolhe, quer este estudo feito pela AMAL fazem parte da candidatura deste projeto”.

“Antes de mais, o NERA criou uma imagem. Sendo o objectivo a revitalização das áreas empresariais, foi considerado pelo NERA importante haver uma marca que simbolizasse as áreas empresariais do Algarve. A marca foi bem acolhida por todos os parceiros”.
“Este projeto para além de algumas intervenções de caráter geral, teve uma intervenção específica em três áreas empresariais: Vilamoura, Lagos e Tavira, sendo que todas estas áreas empresariais adotaram esta imagem”, afirmou.
“Este projeto é o início de algo. Se no futuro existisse uma área empresarial do Algarve obviamente com uma marca, poderia haver promoção externa, captação de investimento estrangeiro sobre um desígnio de uma marca única”, defendeu.
Existem três municípios que fazem parte deste projeto: Lagos, Tavira e Loulé
Segundo Henrique Graça, representante do município de Lagos, “esta questão do Algarve REVIT+ foi muito importante e encaixou no desejo de termos uma cidade de Lagos mais sustentável. Nós dependemos muito do turismo e da construção. A questão da indústria encaixa nestes dois setores. A questão do empreendedorismo e inovação podem ter um papel fundamental. As nossas áreas de acolhimento empresarial foram três. Temos a área empresarial do Chinicato, depois em 98 nasceu a da Marateca e também a área do Pinheiral”.

Por sua vez, Fernando Horta, representante do Parque Empresarial de Tavira, refere que “no momento da candidatura em termos de edificação teríamos à volta de quatro empresas que laboravam no parque empresarial. Neste momento estão 6 empresas a edificar, num conjunto muito significativo de área, que são 4.000 metros quadrados, uma área bastante significativa para Tavira”.

“Hoje as empresas que estão lá a localizar-se têm importância significativa, no mundo agro-alimentar. Apostamos fortemente na comercialização de frutos vermelhos. Temos depois uma empresa que se dedica à comercialização da manga e do abacate. Comecámos com uma adega e já vamos em duas e já estão inclusivamente a produzir espumante no parque empresarial, algo que não é muito comum em territórios algarvios”.
O responsável sublinha que “os empresários do Parque Empresarial de Tavira vão ter de conhecer os empresários de Lagos, de Messines. As Câmaras Municipais têm um papel extremamente importante enquanto dinamizadores do território mas há agentes privados que também são extremamente importantes. Queria dar essa nota em particular a São Bartolomeu de Messines. É através desta dinâmica que vamos reforçar a estrutura empresarial da região”.

Fernando Horta conclui afirmando que “a região do Algarve é um local cheio de potencial e temos de trabalhar em conjunto em prol do desenvolvimento regional”.
Pedro Pimpão, vice-presidente da Câmara Municipal de Loulé, afirmou que “o município de Loulé foi dos primeiros a concorrer a este tipo de programa lançado por estas três entidades. Fizemo-lo porque tínhamos um trabalho incompleto nas nossas duas áreas empresariais”.
Em primeiro lugar, “a área empresarial de Loulé sofreu nos últimos anos uma revitalização ao nível da sua organização. Depois faltava a área empresarial de Vilamoura”.
“Este projeto veio no tempo certo, no momento certo. É importante frisar que uma área empresarial tem um conjunto de empresários que não se conheciam entre si e que passaram a conhecer-se muito melhor, naquilo que deve ser um objetivo concertado entre todos, numa estratégia global de competitividade das suas empresas”.

Durante a conferência existiu igualmente a participação de vários empresários espanhóis
Segundo Vítor Neto, presidente do NERA, “o Algarve tem 60 mil empresas, sendo que 20 mil são sociedades”.
“É importante relembrar que 97% das empresas presentes no algarve são micro-empresas, 2,7% são pequenas empresas, e 0,3 % são médias empresas. Temos 20 grandes empresas no Algarve. Não esqueçamos que muitas das grandes empresas que estão no Algarve não fazem parte deste leque de 20 pois têm sede noutras regiões, nomeadamente as empresas dos grandes grupos ligados ao turismo e à grande distribuição”.
“Temos uma balança comercial de bens deficitária, na ordem dos 100 milhões de euros. Mais de metade desse défice são produtos alimentares, de agricultura, que já produzimos no passado no Algarve e hoje importamos. Defendo uma estratégia clara que tenha como pilar fundamental o turismo e as atividades ligadas ao turismo”.

Vítor Neto defende que “nós temos de conseguir afinar e reforçar a atividade turística mas temos de saber criar outros setores. Eu penso que é nesta visão e na recuperação de outros setores como a agro-indústria, o mar que está a solução. Se conseguirmos ter uma estratégia correta vamos ter de ter áreas empresarias mais avançadas”.
Por seu turno, João Pimentel, diretor de proximidade regional e licenciamento do IAPMEI focou o facto do “IAPMEI ter 45 anos e estar presente na região do Algarve há 35. Muito temos trabalhado com os nossos parceiros e com o NERA em prol dessa competitividade e do desenvolvimento económico e social da região”.

“Existe a necessidade de promovermos aquilo que são as empresas nacionais, reduzindo as importações, rentabilizando não só que é aquilo que é a capacidade das empresas que estão aqui instaladas, mas incentivando a que outras possam produzir esses produtos ou esses serviços”, afirmou.
Por sua vez, Silvino Rodrigues, representante da AICEP Global Parques, sublinha que “este trabalho de caracterização e identificação de todas as áreas empresariais tem sido fantástico. É um trabalho necessário porque só a partir daqui é que se pode dar os passos seguintes”.

“A nossa empresa gere três parques industriais: em Sintra, Setubal e Sines. Nós acabamos por servir de intermediários entre os nossos clientes, entidades que se vão instalar e as entidades estatais que regulam”, afirma.
O responsável defende que “Portugal tem uma localização estratégica importantíssima no mundo. Uma boa parte dos investidores estrangeiros não conhece Portugal. O nosso primeiro grande trabalhado, que está a ser desenvolvido há vários anos é exatamente dar a conhecer no estrangeiro, que Portugal existe”.
“Em 2018, estamos em 34º lugar entre 140 países, segundo o Fórum Económico Mundial. Portugal está a crescer e a sua competitividade também. E estes factos devem-se a todos: às entidades públicas, privadas e aos empresários. Todos estamos a contribuir para que o país possa crescer e consiga ser mais competitivo”.
Por sua vez, José Eduardo Carvalho, presidente da Associação Industrial de Portugal (AIP) falou sobre a sua experiência de 19 anos na área empresarial. “Durante estes 19 anos dinamizei dois projetos dentro das áreas empresais, um privado de capitais mistos e outro público”.

“Eu vou aproveitar a minha intervenção para, através das áreas de localização empresarial, tentar ver o desenvolvimento de dois modelos, refletindo sobre o modelo, as caraterísticas, legislação, procedimentos, e a política de ordenamento”, reforçou.
Vítor Aleixo, presidente da Câmara Municipal de Loulé, também intervir no final da sessão, referindo que “ temos hoje uma área empresarial onde estão instaladas 140 empresas, aqui muito bem localizadas e que dá hoje um contributo importante para a economia desta região. Foi assim no momento da fundação da área empresarial e o espirito mantém-se”.
“Este é um concelho em que o poder político local sempre teve a maior abertura para colaborar com os projetos que nos vão chegando, que precisam de apoio institucional dos decisores políticos locais e regionais também. Graças a isso hoje temos esta área empresarial que teve um investimento de muitos anos, onde melhorámos a gestão e as acessibilidades, por exemplo. É importante focar que foram feitos alguns investimentos que potenciaram ainda mais aquele que é já o potencial desta área empresarial”.

O presidente da Câmara Municipal de Loulé concluiu dizendo que “neste projeto concreto, no REVIT +, dinamizado pela AMAL e pela CCDR apresentámos uma candidatura que foi apreciada para a área empresarial de Vilamoura”.
“O projeto técnico para essa área empresarial está praticamente concluído. É importante esclarecer que graças a esta candidatura que identificou aquela área empresarial do concelho de loulé vai receber investimento, o que vai dar um contributo importante e necessário para a densificação e dinamização da nossa atividade empresarial”.
O ministro do Planeamento, Nelson de Souza também presidiu à sessão de encerramento desta conferência. O representante do Governo começou por dizer que “os momentos são sempre de incertezas. Raros são os momentos em que é claro aquilo que nos espera. A vida é mesmo assim. Somos, de vez em quando, obrigados a parar, a refletir e a traçar os nossos objetivos. A Europa fá-lo de sete em sete anos a propósito de construir o seu orçamento”.

Quanto ao Algarve referiu que “para um território que não é assim tão grande, temos de ter a ideia de que há muitos recursos que são escassos. A economia é gestão racional dos recursos que nós temos. O problema da sustentabilidade é este. O espaço também é um recurso e tem de ser gerido de forma racional. Nós não podemos ter por mais que queiramos, fábricas em todo o lado, nem podemos ter pessoas em todo o lado. Temos de ter uma gestão racional do espaço e ver o espaço que temos”.
“O turismo deve ser a atividade âncora deste território. Há muito para fazer ligado ao turismo, há animação para fazer, há setores a montante e a jusante para desenvolver, atividades de serviços e apoios ao turismo. Estamos a falar de clusterização no sentido mais tradicional”, afirmou o ministro.
Nelson de Souza referiu que “o Algarve tem de criar condições para atrair atividades que sejam compatíveis com o turismo, com o ADN do Turismo. Isto também tem de marcar, por exemplo, os targets que vocês querem atingir com as áreas empresariais. Parece que seria uma boa ideia atrair investigadores para vir trabalhar para cá”.

“Ainda há muito mais Algarve. As áreas empresariais para residentes, novos residentes permanentes, baseados em novas atividades, se calhar, não devem estar tão cá em baixo como isso”. Até porque, o interior é “também um sítio agradável para se viver e pode chamar empresas de serviços, indústria, ligadas ao turismo”.
O ministro salientou ainda que “temos centros de formação de referência internacional ligadas ao turismo. Também à volta do turismo, acho que se devia fazer investigação mais orientada para a valorização dos recursos endógenos. Eu acho que deve fazer parte deste cluster mais alargado”.

O governante considerou ainda que, tendo em conta que, “a CCDR está a trabalhar com a AMAL na preparação da estratégia do território para o quadro comunitário 2030, estas são as alturas ideais para que se discutam estas questões”.
O representante do Governo sublinhou ainda que “o Algarve poderá vir a conseguir algum acréscimo de verbas no novo quadro comunitário, mas não será significativo porque a base é baixa”.
(Stefanie Palma / Henrique Dias Freire)