O presépio de Vila Real de Santo António volta este ano a superar os números do passado, exibindo 5.900 peças, mas falta o Menino Jesus, que só será integrado no dia de Natal, disse um dos autores.
Classificado pelos promotores como o maior do país, o presépio ocupa uma área de 240 metros quadrados, reproduz dezenas de ofícios tradicionais, muitos deles compostos com figuras mecanizadas e som ambiente, e replica múltiplos edifícios, como um anfiteatro romano, uma fortaleza ou, a principal novidade deste ano, uma pedreira, destacou um dos quatro autores da obra.
Augusto Rosa contou à agência Lusa que é frequente os visitantes perguntarem onde está o Menino Jesus, ao verem a gruta ainda vazia, e é preciso esclarecer que esta figura só entrará no presépio na data do seu nascimento, a 25 de dezembro.
“Pois, o Menino Jesus não está, nós só colocamos o Menino Jesus no dia 25 de dezembro, entretanto a Nossa Senhora e o São José vêm num burrinho, ela já vem grávida, e todos os dias nós avançamos a peça um pedacinho até chegar à gruta”, respondeu Augusto Rosa, questionado sobre a ausência da figura central do presépio tradicional cristão.
Foram necessárias 20 toneladas de areia, quatro toneladas de pó de pedra, 3.000 quilos de cortiça, mas também materiais como madeira ou musgo, para formar uma composição que estará em exibição até 06 de janeiro, no Centro Cultural António Aleixo, poeta que nasceu em Vila Real de Santo António e também está retratado numa escultura em elaboração, notou.
O trabalho de montagem demorou 43 dias e foi feito por “quatro pessoas, a trabalhar uma média de 10 a 12 horas por dia”, tendo-se iniciado a 14 de outubro e terminado no final de novembro, calendarizou Augusto Rosa.
O presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Álvaro Araújo, recordou à Lusa que esta é a 22.ª edição do presépio gigante da cidade e manifestou o seu orgulho por a iniciativa ser já uma “imagem de marca dos natais do Algarve”, mas também do país e da Eurorregião do Algarve, Andaluzia e Alentejo, frisou.
“Todos os anos a bater recordes de visitas, o ano passado foram cerca de 37.000 e contamos este ano continuar a crescer, mas com certeza, o objetivo é manter este presépio todos os anos para que as pessoas possam desfrutar desta beleza, deste barulho que estamos a ouvir, dos sons típicos do presépio, das imagens em movimento, das novidades que todos os anos nos traz, como a pedreira, que é a imagem nova que os nossos artistas apresentaram”, afirmou o autarca.
O objetivo último do município com a realização deste presépio “é proporcionar dias agradáveis” aos visitantes da “vila Natal” e do centro comercial a céu aberto criado no centro histórico da cidade pombalina, que está localizada no extremo sudeste do Algarve, no distrito de Faro, indicou Álvaro Araújo.
“E dentro dessa vila Natal, este presépio, que atrai milhares de pessoas que vêm aqui ao nosso centro comercial a céu aberto e ao nosso concelho, vêm dormir, comer nos nossos restaurantes e comprar no nosso comércio local. É esse também o grande objetivo de tudo aquilo que organizamos nesta época, não só, mas sobretudo nesta época, tudo aquilo que está organizado é com esse objetivo de também dinamizar a economia local”, concluiu.
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