O Algarve é a única das cinco regiões sem direito a ventiladores. A imagem foi divulgada pelo PS e refere-se ao número de ventiladores e máscaras distribuídos a cada região [menos Açores e Madeira] pelo Ministério da Saúde.
A publicação foi feita no sábado e mostra que, dos 221 ventiladores, à região Norte são atribuídos 160 e 6 milhões de máscaras. Já a região Centro, ficará com 16 ventiladores e 2,05 milhões de máscaras. Quanto à grande Lisboa e Vale do Tejo, o Ministério da Saúde terá reservado 37 ventiladores e 3,55 milhões de máscaras. O Alentejo tem à sua disposição 8 ventiladores e 171 mil máscaras.
A região Algarvia não terá direito a ventiladores e estão reservadas apenas 144 mil máscaras. Será esta a distribuição de material feita pelo Ministério da Saúde, segundo informa o Partido Socialista.
É importante ressaltar que estes dados não incluem os equipamentos adquiridos pelas Câmaras, pelas ARS e nem doações particulares. A ausência de ventiladores para o Algarve, porém, levou o PSD a pedir explicações.
Os deputados Cristóvão Norte, Rui Cristina e Ofélia Ramos vão dirigir à Ministra da Saúde um pedido de esclarecimento formal, uma vez que “esta situação deve ser cabalmente esclarecida pelo Governo, em particular no que diz aos critérios que presidiram à distribuição de materiais como máscaras de proteção e ventiladores”.
Os deputados do PSD continuam, fazendo a ressalva de que “não colocamos em causa que todas as regiões do país tenham diferentes necessidades de equipamentos, nem queremos fazer disso uma qualquer rivalidade regional, mas é imperioso que os critérios de atribuição sejam transparentes e seja prestada aos cidadãos informação clara sobre os mesmos. Doutro modo, instala-se a desconfiança e nasce o alarme social. Os cidadãos têm dificuldade em perceber que antes do covid-19 fosse assumido que a região era a que tinha maiores lacunas e que, agora, o reforço de equipamentos não a contemple”.
A verdade, é que o Algarve “vai ser uma das regiões mais penalizadas pelas necessárias medidas de quarentena”, afirma o PSD. Quanto à ausência de ventiladores e o número reduzido de máscaras, aguardam-se explicações.
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