A promessa de uma nova travessia sobre o Rio Tejo tem sido discutida há anos. Agora, o Governo pretende ir além das expectativas e anunciou planos para a construção de um túnel rodoviário submerso, ligando Algés à Trafaria.
Um novo túnel sobre o Rio Tejo
Este novo projeto faz parte de um pacote de infraestruturas a ser revelado em breve. De acordo com o Jornal Económico, o túnel imerso atravessará o Rio Tejo, conectando Oeiras, em Lisboa, à Trafaria, no concelho de Almada, Setúbal.
Além da construção de uma nova ponte sobre o Tejo, que será a terceira depois das já existentes 25 de Abril e Vasco da Gama, este túnel tem sido reivindicado por autarcas e habitantes da Margem Sul há bastante tempo.
Duração e custo do projeto
De acordo com o Expresso, o deputado municipal socialista Pedro Dias Pereira informou que a construção deste túnel terá uma duração de sete anos e um custo estimado de 1,1 mil milhões de euros. Esta proposta, que remonta a 30 anos, visa descongestionar a sobrecarregada Ponte 25 de Abril.
O objetivo principal desta infraestrutura é aliviar o congestionamento diário nas atuais pontes, facilitando o tráfego entre Lisboa e a Margem Sul. Estima-se que o investimento total possa ultrapassar os mil milhões de euros.
Conferência com várias novidades
Durante a conferência “Portugal 2030: Futuro Estratégico para o Setor da Construção”, organizada pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, confirmou a inclusão deste túnel no plano estratégico nacional.
O evento também serviu para anunciar um novo plano estratégico portuário para Portugal. De acordo com o ministro, este plano será essencial para modernizar a rede de infraestruturas e reforçar a competitividade nacional.
Outro ponto destacado por Miguel Pinto Luz foi a necessidade de garantir uma ligação por autoestrada entre Portalegre, Beja e Sines. Esta reivindicação tem sido uma preocupação de vários setores da sociedade e será incluída no novo pacote de investimentos.
Soluções inovadoras para a mobilidade
Segundo a ZAP, a decisão de avançar com um túnel submerso reflete a busca por soluções inovadoras para os desafios de mobilidade da região de Lisboa. A solução permitirá aumentar a fluidez do trânsito e reduzir a dependência exclusiva das atuais pontes.
A escolha por um túnel rodoviário em vez de uma nova ponte poderá estar relacionada com fatores ambientais e urbanísticos. A construção de uma estrutura submersa tem menor impacto visual e pode preservar a paisagem do Tejo.
Embora já se discuta a necessidade de novas travessias há anos, este é o primeiro projeto concreto apresentado com um plano de execução. Ainda assim, haverá desafios técnicos e logísticos a serem enfrentados durante a construção.
As autoridades têm reforçado que o projeto será desenvolvido com os mais altos padrões de segurança e sustentabilidade. A integração de tecnologias modernas será essencial para garantir a viabilidade e eficiência da infraestrutura.
Apesar do anúncio oficial estar previsto para breve, o Ministério das Infraestruturas não quis adiantar mais detalhes sobre o túnel rodoviário. A expectativa é que mais informações sejam reveladas pelo primeiro-ministro nas próximas semanas.
A inclusão desta obra no pacote de infraestruturas demonstra um compromisso com a melhoria da mobilidade em Portugal. Além do túnel, outros investimentos estratégicos deverão ser anunciados.
Impacto económico e social
O impacto na economia local também poderá ser significativo, com a criação de empregos diretos e indiretos durante a fase de construção. A longo prazo, espera-se que a infraestrutura beneficie tanto a população quanto o setor empresarial.
Se o plano se concretizar, este será um dos maiores investimentos em infraestruturas no país nos últimos anos. A sua execução poderá redefinir a forma como os cidadãos circulam entre Lisboa e a Margem Sul do Tejo.
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