Primeiro foi a vez do filho, agora é o turno do pai. Quase um ano depois de Fernando Madureira, também conhecido como “Macaco”, ter sido detido na sequência da Operação Pretoriano, chega a vez de o pai, Jaime Madureira, ser também acusado pelo Ministério Público, neste caso por ter desviado 53.000 euros da Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Porto, da qual foi presidente.
Segundo o Correio da Manhã, o “ex-dirigente ganhava com a mulher pouco mais de mil euros por mês em pensões”, mas, alegadamente, chegava a gastar mais de 600 euros numa ida ao restaurante. A acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto (DIAP) aponta que Jaime Madureira usava o dinheiro dos bombeiros para todas as suas despesas, desde almoços e jantares de marisco, a compras de supermercado.
A despesa mais elevada num restaurante foi de 664 euros e as refeições que no total chegam aos 25.000 euros incluíam, para além de Jaime Madureira, algumas pessoas próximas.
Já em supermercado, uma das despesas registadas numa grande superfície em Vila Nova de Gaia foi feita a 22 de dezembro de 2015 e o total a pagar foi de 144 euros. O Correio da Manhã cita a acusação que alerta para o facto de o dinheiro dos bombeiros ter sido usado para comprar whiskey, borrego, espumante, tripas, sarrabulho, sobremesas e pão de ló.
No entanto, esta não foi a única compra feita nesse mesmo dia. Num outro estabelecimento, desta vez no Porto, Jaime Madureira “gastou 61 euros em cervejas, Bollycao e Ferrero Rocher”. Lê-se na acusação deduzida no início do passado mês de dezembro que “não foi deliberada a autorização destas despesas e não existia qualquer tipo de aceitação tática das despesas efetuadas pelo presidente, o que, aliás, foram fundamento para a sua destituição”.
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