
O apelo parte da página de FB denominada “A Mãe Imperfeita” que hoje partilhou a tragédia do desalojamento de uma família olhanense com duas crianças a necessitar de cuidados especiais. Este domingo, viram-se “no meio da rua”.
Fazemos do apelo dela o nosso:
“Conheci a Patrícia quando andava às voltas com a surdez do Pedro porque ela, ainda mais perdida que eu, tentava encontrar o diagnóstico da Benedita num gabinete de otorrino. Acontece que o diagnóstico da Benedita, afinal, foi de autismo. O chão da Patrícia tremeu porque ela já tinha o Tomás, nascido com uma depleção cromossómica, com problemas graves de desenvolvimento. Ah, o Tomás, só para ajudar nas despesas, também é celíaco (como eu).
A Patrícia, entre dois filhos com muitos problemas, foi forçada a parar de trabalhar para passar a cuidadora. O marido da Patrícia, com um ordenado de 800€, passou a ser a única fonte de rendimentos de casa. E mais de metade do ordenado dele é gasta em terapias.
No meio de tantas despesas a prestação do crédito habitação tornou-se incomportável e a Patrícia entrou em incumprimento. Pediu ao banco um período de carência que lhe foi concedido por um ano e as coisas endireitaram-se mas, entretanto, o período de carência terminou e a Patrícia voltou ao incumprimento. Quando foi falar com o banco, a instituição foi disponível mas pediram à Patrícia 4 mil euros para parar o processo judicial em curso. Acontece que se ela tivesse 4 mil euros nunca teria entrado em incumprimento…
Há umas semanas a Patrícia soube que a casa tinha sido vendida pelo banco e que, por isso, ela, o marido e os dois filhos tinham que sair.
Desde aí tem corrido tudo à procura de uma casa (mesmo que apenas um T1) que consiga pagar mas não encontrou nada. Foi à Câmara de Olhão pedir ajuda mas disseram que a habitação social disponível está inabitável e que, portanto, não a podem ceder.
Dia 2 de Junho a família da Patrícia ficou NA RUA
E o que é que vos peço? Ajuda para encontrar uma casa para a Patrícia, o marido, o Tomás e a Benedita. Seja que casa for desde que a renda não ultrapasse os 250€ (valor máximo que conseguem pagar – estavam a pagar 400€). O ideal seria a zona de Olhão para que os meninos consigam manter o acompanhamento médico e as terapias.
A Patrícia não quer dinheiro, não quer ser coitadinha… Quer uma casa. E já que a Câmara de Olhão não ajuda, apelo a cada uma de vocês para que, reencaminhando a publicação, ajudem a encontrar uma casa para esta família.
Foi graças a todas vocês que a Cláudia conseguiu ter uma casa. Vamos fazer o mesmo pela Patrícia?”
Obrigada!

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