O Algarve há muito que se firmou como um destino internacional de eleição, atraindo turistas de todas as partes do mundo para desfrutar das suas praias de renome. Contudo, ainda existem algumas praias menos conhecidas, que permanecem fora dos roteiros turísticos tradicionais e são descobertas apenas por acaso. Albufeira, com os seus 30 quilómetros de costa, ilustra bem esta dualidade. Embora seja uma das cidades mais movimentadas do Algarve durante o verão, com praias famosas como a da Falésia e da Oura, esconde também alguns tesouros mais secretos. Esta, da qual lhe falaremos em seguida, é um verdadeiro “pedaço de paraíso”.
Um desses refúgios é a Praia do Ninho da Andorinha, que até recentemente era tão discreta que nem constava no Google Maps. Outrora frequentada sobretudo por locais ou aventureiros que lá chegavam de caiaque, a praia, apesar de ser hoje mais conhecida, mantém-se um local calmo e tranquilo.
Envolvida por falésias, o pequeno areal, banhado por águas cristalinas, é um verdadeiro paraíso. Nas redes sociais, há quem afirme que “é o sítio mais parecido com o paraíso” onde já estiveram, como escreve a NiT.
Com uma paisagem impressionante, aninhada entre rochedos cobertos de vegetação típica, oferece uma sensação de isolamento e tranquilidade que é, por vezes, difícil de encontrar no Algarve. Apesar de agora figurar no Google Maps, continua a ser “selvagem”, uma vez que não dispõe de vigilância de nadadores-salvadores nem de infraestruturas de apoio.
Banhada pelo Oceano Atlântico, a Praia do Ninho da Andorinha possui um areal pequeno, capaz de acomodar no máximo 50 pessoas, que fica quase totalmente submerso durante a maré alta. Quando a maré baixa, alguns aventureiros atravessam o arco sob a falésia a oeste, ligando-a a outra praia.
Apesar de estar escondida entre as arribas, o acesso não é particularmente difícil, mesmo para quem não vai de barco. Há um caminho com degraus que desce do topo da falésia, tornando-a acessível por terra após um trilho de cinco minutos a pé. Ainda assim, este percurso não é aconselhado para pessoas com mobilidade reduzida ou crianças pequenas.
O maior perigo reside no risco de deslizamentos das falésias envolventes, o que leva as autoridades a interditar o acesso periodicamente. A avaliação dos riscos é feita regularmente, e o acesso é restabelecido após a demolição controlada das partes mais perigosas.
Para além dos mergulhos, pode caminhar no topo das falésias, especialmente do lado nascente, onde se tem uma vista deslumbrante sobre o mar, a costa e o areal da Ponta Pequena. Esta última, recentemente considerada uma das melhores praias secretas da Europa, tem um acesso mais difícil. Embora exista um trilho que cobre quase todo o caminho, recomenda-se a chegada por mar. “Esta magnífica praia escondida numa gruta aberta abre-se para o mar com um arco de rochas douradas. Como fica quase totalmente imersa durante a maré alta, é obviamente mais seguro visitá-la na baixa-mar”, destaca a revista “Forbes”.
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