O Presépio do Sal e das Artes foi inaugurado esta segunda-feira, 1 de dezembro, na Casa do Sal, assinalando o início das celebrações natalícias no concelho de Castro Marim, numa cerimónia que contou com ampla participação da comunidade.
A edição deste ano volta a juntar o tradicional “ouro branco” do concelho a elementos artesanais provenientes das tradições locais e do interior serrano, como a empreita e a cana, refletindo a sabedoria transmitida ao longo de gerações pelas gentes da região.
Ao longo de cerca de 35 metros expositivos, o presépio integra 12 toneladas de sal – quatro das quais reaproveitadas do ano anterior – e aproximadamente mil figuras, acompanhadas de diversas peças de empreita produzidas por artesãos da Junqueira. Estas criações destacam uma arte que historicamente serviu funções essenciais no acondicionamento, transporte, agricultura, pesca, salinicultura e tarefas domésticas. As obras de empreita têm a autoria de Albina Sequeira, Maria Fernanda Fernandes e Sebastião Sequeira.
Um dos principais destaques desta edição é ainda um presépio de cestaria feito em cana, concebido por Martinho Fernandes e Paula Gaspar, que ocupa um lugar central na Casa do Sal. A inauguração incluiu uma atuação da Associação Cultural Amendoeiras em Flor.
A autarquia recorda que o Presépio do Sal e das Artes “continua o seu trabalho na promoção e reforço do grande motor económico, social e cultural de Castro Marim, que é o sal”, procurando valorizar a ligação histórica do concelho à salinicultura e, simultaneamente, promover outras expressões do património local, como o artesanato e as artes tradicionais.
Sublinha que “a promoção do sal e das artes ancestrais é fundamental para a reafirmação do património imaterial do concelho”, destacando a importância da evolução e adaptação de materiais e técnicas à contemporaneidade.
A exposição pode ser visitada diariamente até 6 de janeiro de 2026, entre as 09:00 e as 13:00 e das 14:30 às 17:30. A iniciativa é organizada pela Junta de Freguesia de Castro Marim, em parceria com o Município.
Leia também: Despeça-se deste peixe: restaurantes em Portugal podem deixar de o servir até meados de 2026
















