A região do Algarve será a última etapa do ciclo de conferências “Observação da Terra para os Municípios”, uma iniciativa da Agência Espacial Portuguesa que percorreu o país ao longo dos últimos dois anos. Por motivos alheios às entidades organizadoras, o evento foi reagendado para o dia 8 de maio e terá lugar no Campus de Gambelas da Universidade do Algarve (UAlg), em Faro. A conferência conta com a colaboração do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) e da rede de investigação aquática ARNET.
Nesta última conferência, os temas relacionados com as zonas costeiras e o ambiente marinho terão um destaque especial. “Estes eventos têm tido como objetivo a divulgação geral das ferramentas de observação da Terra para benefício dos territórios, mas em todos os locais procuramos personalizar os tópicos de debate para a região em que nos encontramos. Por isso, no Algarve, a agenda terá uma ênfase maior nas questões e problemas relacionados com os recursos hídricos, e gestão das zonas costeiras, com exemplos de aplicação práticos”, explica Carolina Sá, gestora dos programas de Observação da Terra na Agência Espacial Portuguesa.
“A realização do evento ‘Observação da Terra para os Municípios’ na UAlg reforça o compromisso da instituição com a inovação tecnológica e o desenvolvimento sustentável da região”, aponta Sara Raposo, diretora do CIMA, destacando a abordagem interdisciplinar da instituição na utilização de ferramentas de observação da Terra para compreender e mitigar os impactos das atividades humanas nos ecossistemas costeiros e marinhos.
“Esta abordagem permite que os municípios tomem decisões mais informadas e sustentáveis na gestão do território e dos recursos naturais, em linha com a missão da UAlg de valorização e desenvolvimento sustentável do Algarve”, acrescenta Sara Raposo.
A Agência Espacial Portuguesa aproveitará ainda a ocasião para reforçar a divulgação do InCubed para os Municípios, um concurso destinado a projetos inovadores que, através das tecnologias de Observação da Terra, possam modernizar as cidades portuguesas. As candidaturas estão abertas até 2 de junho.
Em Faro, esta última conferência procurará também incentivar a cooperação entre os setores académico, industrial e a administração pública local, promovendo o desenvolvimento de soluções inovadoras. Para esse efeito, o CoLAB +ATLANTIC voltará a juntar-se à Agência Espacial Portuguesa na dinamização de um momento de networking, fomentando a partilha de conhecimentos e experiências entre os participantes.
Ao fazer um balanço deste ciclo de conferências, Carolina Sá destaca o impacto positivo da iniciativa junto dos atores locais de cada região. “Iniciámos este percurso na região Norte no final de 2023. Ao longo deste último ano, observou-se que existe interesse por parte da indústria, academia e administração pública em utilizar as ferramentas de observação da Terra para benefício dos seus territórios. Tivemos uma boa adesão em todos os eventos, que nos permitiram perceber as necessidades a nível local”, conclui.
A Agência Espacial Portuguesa pretende agora apoiar a implementação destas tecnologias nos municípios através do concurso lançado no seguimento deste roteiro.
Até ao momento, o ciclo de conferências passou por cinco localidades — Guimarães (Região Norte), Pampilhosa da Serra (Região Centro), Funchal (Madeira), Angra do Heroísmo (Açores) e Évora (Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo) — tendo contado com cerca de 400 participantes. O evento envolveu ainda mais de uma dezena de entidades parceiras, incluindo instituições de ensino superior, laboratórios de investigação e organismos municipais e intermunicipais.
A agenda preliminar do evento já está disponível para consulta no site da Agência Espacial Portuguesa. A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição obrigatória, que pode ser efetuada até ao dia 30 de abril através do site da Agência Espacial Portuguesa.
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