As férias grandes estão a porta! E as enchentes até às praias estão a retornar. Assim, os cuidados devem ser redobrados para que se evite as ocorrências nesta época do ano tais como, a desidratação, a insolação, as picadas de peixe-aranha, entre outras.
Com o aumento das temperaturas, as pessoas expõem-se mais ao sol, com isto, podem enfrentar uma perda rápida de líquidos corporais e com a ajuda de uma alimentação inadequada podem provocar uma desidratação ao organismo.
Nestas condições, o leitor tem que ficar atento e adoptar atitudes preventivas para evitar cada uma das ocorrências.
As ocorrências mais comuns efectuadas pelos nadadores-salvadores não são os salvamentos aquáticos. Uma grande percentagem das ocorrências é realizada em terra.
Passar o dia deitado ou a caminhar pela praia é uma prática muito comum dos nossos banhistas, no entanto existe alguns perigos, para os quais, deve estar informado. Relembramos alguns conselhos para se prevenir das situações mais frequentes nas praias.
A desidratação é uma situação muito comum no verão, pelas temperaturas elevadas. A desidratação é uma condição que ocorre quando uma pessoa perde mais líquidos e sais minerais, do que os ingere. Seja pelo suor, pela urina ou situações como diarreias e vómitos.
O leitor deve saber que a boca seca, diminuição da produção de urina, muita sede e olhos ressecados, são os sintomas que deve procurar. A desidratação previne-se com a ingestão regular de água com electrólitos, evitar a exposição solar muito tempo, proteger-se com roupa e chapéu, evitar o álcool e escolher zonas frescas e com sombras.
Para os casos mais graves de desidratação, a recomendação é dirigir-se ao nadador-salvador para que se peça ajuda médica o mais rápido possível.
A Insolação também é uma situação típica dos dias quentes. É causada pela exposição prolongada ao sol ou ao calor intenso, em ambiente quente e seco, que pode provocar falência do mecanismo da regulação térmica. Os sintomas são pele com aspeto congestionado e avermelhada, aumento da temperatura corporal, dor de cabeça, tonturas, náuseas e pulso forte e irregular. Nesse sentido, o leitor deve evitar a exposição ao sol e a realização das atividades físicas entre 10h e 16h, beber bastante água e usar protetor solar.
Os buracos e os castelos de areia também podem ser um perigo…
Os buracos e castelos na areia são situações que por vezes podem trazer algumas infelicidades, apanhando as pessoas mais distraídas, principalmente os buracos mais profundos. Mantenha as crianças e idosos longe dos mesmos, evitando que caiem dentro deles para que não ocorram situações, de entorses, luxações, fracturas e mesmo afogamento quando vem a onda e os tapa. Aconselhamos assim, que quando terminar de fazer as construções na areia, que alise o terreno.
A picada de Peixe-aranha é o responsável pela maior “dor de cabeça” do banhista. É encontrado com a maré baixa e costuma estar enterrado a poucos centímetros de profundidade na margem. Nos espinhos deste animal existem dois sulcos que contem um veneno perigoso que quando chega à corrente sanguínea pode paralisar o pé picado. Os sintomas são dor intensa, inchaço, náuseas e vómitos. As pessoas reagem ao veneno proporcionalmente com a sua sensibilidade. Nos casos de alergia a situação pode-se tornar perigosa. Qualquer dos casos deve manter a calma e dirigir-se ao nadador-salvador o mais breve possível.
Outra das ocorrências são os ligeiros cortes, nas mãos e nos pés, que surgem das passadeiras de madeira e das conchas, que perfuram a pele e se instalam em regiões profundas como na planta do pé. Recomenda-se a utilizar sempre que possível, chinelos ou sandálias para andar e sapatilhas para correr.
A praia pode proporcionar férias de Verão maravilhosas, mas é necessário estarmos cientes destas situações.
O que mais aconselho é um “Verão com Melão” com muita atenção!
Artigo publicado no âmbito da parceria entre o POSTAL e Filipe Lara Ramos ‘Verão com Melão’.
Esta rubrica destina-se a sensibilizar a população e fomentar a segurança nas praias durante a época balnear de 2017.
(NOTA: Os conselhos e indicações expressos neste artigo não dispensam o cumprimento pelos leitores das regras gerais de segurança nas praias e as indicações das autoridades competentes em cada zona balnear).