A Câmara de Silves, através do seu Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC) tem em curso, nas freguesias prioritárias de São Marcos da Serra e de SB Messines vários trabalhos de criação de áreas de gestão de combustíveis. Estas novas zonas juntam-se a outras, localizadas na freguesia de Silves, a norte da cidade, em Odelouca, Vale de Lama e no Falacho onde foram constituídos mais de 110 hectares de gestão de combustíveis, sendo esta uma forte aposta da autarquia na prevenção de incêndios.
“Ao todo, encontram-se em execução ou em fase implementação cinco importantes faixas de interrupção de combustível (FIC), numa extensão aproximada de 65 quilómetros (150 hectares), que resultaram da aprovação de candidaturas submetidas pelo Município nos últimos meses ao Fundo Florestal Permanente (FFP), com o apoio da Secretaria de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural (SEFDR) e que permitem concretizar de forma muito objectiva a rede primária estratégica de defesa da floresta contra incêndios no nosso concelho”, explica Rosa Palma, presidente da Câmara de Silves.
As FIC estão a ser implantadas nas áreas de fronteira com os municípios de Ourique, Odemira, Almodôvar e Monchique e na interligação intra-freguesias, destacando-se os troços Fitos/ValeTouriz/Benafátima, Azilheira/Santa Maria/IC1, Monte e Azilheira/Perna Seca/ICI. “Paralelamente e, em complemento”, salienta Nelson Correia, comandante operacional municipal, “os serviços do Município já beneficiaram mais de 125 quilómetros de caminhos florestais, tendo as equipas de sapadores florestais e as juntas de freguesia efectuado importantes trabalhos de gestão de combustível, destacando-se as intervenções realizadas junto a áreas urbanas (em curso), na mata nacional da Herdade da Parra e no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico (CNRLI)”.
Rosa Palma destaca trabalhos da associação Viver Serra
Na área florestal do concelho, nas três freguesias prioritárias (Silves, SMS e SBM), o esforço do Município é acompanhado por outras intervenções materializadas pelas diversas entidades com responsabilidades na defesa da floresta contra incêndios e em consonância com o planeamento prévio definido no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios vigente (PMDFCI), constituindo uma importante rede integrada de ampla incidência territorial de oportunidade ao combate e de protecção às populações. A autarca silvense, Rosa Palma, destaca, neste âmbito, “os trabalhos da associação Viver Serra, cujos mosaicos e faixas perfazem já nesta fase, mais de 650 hectares executados, de um total de cerca de 1000 hectares previstos, da EDP (em São Marcos principalmente), da REN (nas freguesias de Silves e SB Messines), das Infraestruturas de Portugal (no ICI) e da empresa Águas do Algarve (na ribeira de Odelouca junto à vila de São Marcos da Serra), que complementam a rede». E reforça que «a este esforço acresce o enorme trabalho desenvolvido pelas populações que têm vindo a realizar uma limpeza sem precedentes à volta das edificações”.
Adicionalmente, o SMPC, no âmbito das suas competências, irá, conforme esclarece o seu Comandante, Nelson Correia, “intensificar a vigilância com recurso às novas torres de vigia estabelecidas em locais estratégicos em complemento às acções da GNR e do Exército Português, acrescendo a mobilização e pré-posicionamento de meios de combate externos no nosso concelho, sempre que as condições operacionais assim o determinarem”. Também no que que concerne às equipas de sapadores florestais, “o Município de Silves têm vindo a incrementar a sua operacionalidade, designadamente através da constituição de uma base de apoio logístico em Silves e na distribuição de equipamentos de protecção individual”, destaca o comandante do SMPC.
“Temos feito muito trabalho”, refere a edil silvense, mas reforça que “todos temos de desenvolver esforços no sentido de continuarmos a proteger a natureza, a nossa população e os seus bens”. Diz Rosa Palma: “não obstante o trabalho desenvolvido por todos, o Município de Silves, em nome de todos os agentes de Protecção Civil e entidades cooperantes, apela à vigilância activa de toda a população e a adequação dos seus comportamentos relativamente ao risco de incêndio neste período mais preocupante que se aproxima”.