Um sem-abrigo em Ancona, Itália, viu a sua sorte mudar ao acertar nos números vencedores do “SuperEnalotto”, o equivalente italiano ao totoloto português. Contudo, apesar do prémio substancial de 37 mil euros, conhecido como “Sette e Mezzo,” Gianluigi, como é conhecido, depara-se com um problema. Em Itália, os prémios de lotaria só podem ser reclamados mediante a apresentação de um cartão de cidadão válido e um número de utente de saúde, requisitos que ele atualmente não satisfaz.
Para Gianluigi, que já há algum tempo apostava nos mesmos sete números, a alegria de acertar na combinação vencedora rapidamente se transformou em desespero. O homem, cuja única identificação é um número de contribuinte antigo, recusa-se a solicitar um cartão de cidadão ou a adquirir um número de utente de saúde, apesar das tentativas de auxílio por parte da Caritas de Senigallia, a cidade que ele adotou como seu lar.
A situação de Gianluigi é complexa, uma vez que a falta de documentação oficial impede-o de usufruir do prémio substancial que ganhou. A razão subjacente à recusa em adquirir uma identificação válida é a sua determinação em continuar a viver à margem da sociedade, permanecendo invisível.
Gianluigi tem um passado misterioso e evita discuti-lo, permanecendo nas ruas de Ancona desde que se afastou da sua família. O seu relato é um exemplo das complexidades e desafios enfrentados pelas pessoas em situações de sem-abrigo.
Apesar de um “golpe de sorte” que poderia ter proporcionado uma viragem na sua vida, a falta de documentos legais impede-o de realizar o levantamento do prémio ganho no “SuperEnalotto.”
Embora a sua decisão de permanecer invisível seja compreensível, esta história sublinha as complexidades enfrentadas por indivíduos em situações semelhantes e as limitações impostas pelos requisitos burocráticos.
No entanto, a intervenção da Caritas de Senigallia oferece uma réstia de esperança de que Gianluigi possa, finalmente, usufruir do prémio que a sorte lhe proporcionou.
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