A Câmara de Loulé assinalou esta sexta-feira o arranque das obras para concluir a circular norte da cidade com um ato de consignação da 2.ª fase dos trabalhos, que devem estar prontos em 2024, estimou o presidente da autarquia.
Em causa está “um investimento de quatro milhões de euros” para a construção de um troço de via rodoviária e ciclovia com “uma extensão de 1.800 metros”, que vai permitir “fechar a circular norte de Loulé”, unindo dois troços já existentes, destacou Vítor Aleixo, em declarações à Lusa.
O autarca considerou que a intervenção foi acolhida com “satisfação” pela população, que aguarda por esta obra “há muitos anos” e tem “uma grande expectativa” para ver concluída uma via que permitirá contornar a cidade pelo norte sem ser necessário entrar na malha urbana.
“Este é já um troço com um conceito novo, porque, entre a data em que Loulé começou a trabalhar na circular e os tempos de hoje, passaram praticamente 30 anos”, disse o autarca, recordando que os primeiros protocolos assinados com a extinta Junta Autónomas de Estradas datam de 1990.
Vítor Aleixo frisou que, na década de 1990, foi estabelecido o “compromisso de fazer e desenvolver o projeto, e posteriormente a obra”, mas só agora a autarquia reuniu as condições para proceder à consignação da segunda fase, depois de ultrapassados impedimentos de ordem ambiental.
Início dos trabalhos foi assinalado com uma cerimónia de assinatura do auto de consignação
O autarca frisou que, com a adjudicação já feita e a chegada do visto positivo do Tribunal de Contas, o município decidiu assinalar o início dos trabalhos com uma cerimónia de assinatura do auto de consignação, junto à rotunda do Pavilhão Municipal Joaquim Vairinhos.
“É um troço que vai ligar dois outros trechos, um a sul e outro a norte, da circular de Loulé”, esclareceu Vitor Aleixo, considerando que, desde o início da obra até ao arranque do último troço, “o mundo mudou muito” e o projeto foi adaptado para dar resposta às necessidades atuais.
O novo troço “já tem ciclovia, arborização, passeios generosos e apenas duas faixas, uma para cada sentido, e já não tem quatro faixas, duas para cada lado, e separador central”, exemplificou o autarca socialista.
“Havia um troço que estava interrompido e que, por questões ambientais, nunca se chegou a fazer e foi preciso fazer um estudo de impacte ambiental e ultrapassar os impedimentos existentes”, referiu, argumentando que o “próprio conceito” da via é agora “menos impactante no território”.