Para que consigamos tirar o melhor partido da exposição solar, importa saber como evitar da nossa pele. Logo, importa saber que dentro das estruturas que fazem parte da pele existem células que produzem uma substância escura, designada por melanina. Conforme a maior ou menor quantidade de melanina produzida, assim é o tom de pele que cada um de nós apresenta. Uma das funções da melanina consiste na proteção do organismo contra a penetração das radiações solares ultravioletas (prejudiciais pela sua alta energia).
Assim, para garantir a saúde da nossa pele há medidas preventivas que convém nunca descurar: fazer sempre uma exposição solar moderada, isto é, saber as melhores horas da exposição das radiações solares quando estão na vertical, o melhor é começar por se expor até às 11 horas e depois das 17 horas; iniciar a exposição solar progressivamente, expondo-se pouco tempo nos primeiros dias e ir aumentando a exposição diariamente; aplicar, pelo menos meia hora antes da exposição solar, um protetor adequado ao seu tipo de pele, e reaplicá-lo de duas em duas horas durante o período de exposição, e sempre após o banho ou quando ocorre transpiração abundante; usar chapéu, preferencialmente com abas, durante a exposição solar; seja qual for a sua idade deve usar uma t-shirt enxuta, ingerir água em abundância e quando chegar a casa, após o banho, recomenda-se a aplicação de uma loção adequada para, em certa medida, ajudar na reposição das propriedades cutâneas, nomeadamente a hidratação; nunca aplicar, antes da exposição solar, quaisquer perfumes, loções de banho, desodorizantes e produtos afins; se sofre de alguma doença de pele ou tiver sido picado por algum inseto que o levou a aplicar um medicamento na pele, este deve ser obrigatoriamente removido por lavagem, antes da exposição solar; no caso de estar a tomar medicamentos, convém esclarecer-se junto do seu médico ou farmacêutico sobre eventuais incompatibilidades com a exposição solar.
Alerta-se igualmente o leitor que para além da exposição solar, que é feita de regras, é importante ter em conta que o calor em excesso pode provocar uma perda de água exagerada que algumas vezes passa despercebida. Pode ainda suceder que o organismo deixe de ter a capacidade de regular a sua temperatura. Surge então um golpe de calor que se manifesta por dores de cabeça, náuseas, tonturas, pulso acelerado, sensação de boca seca e, nas pessoas predispostas, uma baixa de tensão arterial. Há faixas sensíveis, como as crianças, os idosos e algumas categorias de doentes crónicos. O golpe de calor pode ocorrer quando caminhamos numa cidade ou no campo. A prevenção passa pelo recolhimento nas horas de calor mais intenso e nos momentos de exposição deve usar-se chapéu.
A água do mar ou da piscina não constitui filtro para as radiações ultravioleta prejudiciais, pelo que, mesmo dentro de água, impõe-se a aplicação de um protetor solar. Falando de exposição solar e golpes de calor, tenha-se sempre como referência o combate à desidratação, deve-se beber água à farta. Em períodos de canícula, as casas devem manter as casas fechadas no período mais quente. Uma medida de proteção é molhar os pulsos, a fronte e a nuca com água fria, escolhendo uma alimentação que deve ser ligeira, rica em fibras e pouco condimentada, para facilitar a digestão.
Fica muita coisa por dizer, é o caso da escolha do protetor solar, e aquilo que deve levar em termos de medicamentos para férias. Queremos igualmente dirigir-nos à proteção da criança, tanto na praia como na atmosfera das férias. Não se esqueça que a farmácia deve ser encarada como uma porta sempre aberta para nos prestar informações em matérias como: cuidados específicos com a exposição solar; perceber o que diz a rotulagem dos protetores solares, como atuam os seus ecrãs e filtros e quais as medidas obrigatórias que devem ser tomadas quando há calor em excesso. Na farmácia temos todos à nossa disposição folhetos que nos ajudam a tirar partido dos benefícios solares de forma inteligente, e a fazer uma exposição solar segura e sem correr riscos desnecessários.